SOMOS ÁTOMOS DE DEUS

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sábado, 21 de fevereiro de 2015

CULTURAS E TRADIÇÕES RELIGIOSAS


CULTURA E TRADIÇÃO RELIGIOSA
A Cultura e a Religião do povo brasileiro.O povo brasileiro descende de uma mistura de etnias. Colonizadores portugueses, nativos e escravos africanos (originários na sua maioria de Yoruba e Quimbundu que, nos dias de hoje, correspondem à Nigéria, Benin e Angola) constituíram a base racial. Colonizadores franceses e holandeses também estiveram no Nordeste do Brasil.No século XX, massas de imigrantes alemães, italianos, polacos e japoneses acrescentaram novos elementos a essa mistura. Os brasileiros são, talvez, o povo mais racialmente miscigenado. 
DIVERSIDADE CULTURAL E RELIGIOSA NO BRASIL
A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições,entre outros aspectos.
Tradição - do latim: traditio, tradere = entregar; em grego, na acepção religiosa do termo, a expressão é paradosis, é a transmissão de práticas ou de valores espirituais de geração em geração, o conjunto das crenças de um povo, algo que é seguido conservadoramente e com respeito através das gerações.
A tradição e sua presença na sociedade baseiam-se em dois pressupostos antropológicos: a) as pessoas são mortais; b) a necessidade de haver um nexo de conhecimento entre as gerações.
Os aspectos específicos da tradição devem ser vistos em seus contextos próprios: tradição cultural, tradição religiosa, tradição familiar e outras formas de perenizar conceitos, experiências e práticas entre as gerações. A tradição toma feições peculiares em cada crença. Pode-se destacar a presença da tradição nos grandes grupos religiosos: Religiões Indígenas, Candombleísmo, Umbandismo, Espiritismo, Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Confucionismo, Taoísmo, Zoroastrismo, Xintoísmo...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

REINO-MUNDO-IGREJA


A correta articulação: Reino-mundo-Igreja
Leonardo Boff (Teólogo e Filósofo)
Para que nossa análise tenha um sentido teológico além daquele fenomenológico, importa articular corretamente os polos que entram na compreensão da Igreja. A Igreja não pode ser entendida nela e por ela mesma, pois está a serviço de realidades que a transcendem, o Reino e o mundo. Mundo e Reino são as pilastras que sustentam todo o edifício da Igreja. Primeiro apresenta-se a realidade do Reino que engloba mundo e Igreja. Reino — categoria empregada por Jesus para expressar sua ipsissima intentio — constituí a utopia realizada no mundo (escatologia); é o fim bom da totalidade da criação em Deus finalmente liberta totalmente de toda imperfeição e penetrada pelo Divino que a realiza absolutamente. O Reino perfaz a salvação em seu estado terminal. O mundo é o lugar da realização histórica do Reino. Na presente situação ele se encontra decadente e marcado pelo pecado; por isso o Reino de Deus se constrói contra as forças do anti-Reino; impõe-se sempre um oneroso processo de libertação para que o mundo possa acolher em si o Reino e desembocar no termo feliz. A Igreja é aquela parte do mundo que, na força do Espirito, acolheu o Reino de forma explícita na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado em nossa opressão, guarda a permanente memória e a consciência do Reino, celebra sua presença no mundo e em si mesma e detém a gramática de seu anúncio, a serviço do mundo. A Igreja não é o Reino mas seu sinal (concreção explícita) e instrumento (mediação) de implementação no mundo.

Cumpre articular numa ordem correta estes três termos.
Primeiro vem o Reino como a primeira e última realidade englobando todas as demais. Depois vem o mundo como o espaço da historificação do Reino e de realização da própria Igreja. Por fim vem a Igreja como realização antecipatória e sacramental do Reino dentro do mundo e mediação para que o Reino se antecipe mais densamente no mundo.
A aproximação demasiada da realidade da Igreja ou até a identificação com o Reino faz emergir uma imagem eclesial abstrata, idealista, espiritualizante e indiferente à trama da historia. Por outro lado uma identificação da Igreja com o mundo projeta urna imagem eclesial secularizada, mundana, disputando o poder entre outros poderes deste século. Por fim urna Igreja centrada sobre si mesma e não articulada com o Reino e com o mundo faz aparecer urna imagem eclesial auto-suficiente, triunfalista, sociedade perfeita que duplica as funções que, normalmente, competem ao Estado ou à sociedade civil, não reconhecendo a autonomia relativa do secular e a validade do discurso da racionalidade.
Todas estas desarticulares teológicas constituem patologias que demandam urna terapia; a sanidade eclesiológica reside na correta relação entre Reino-mundo-Igreja, na sequência como enunciamos acima, de tal sorte que a realidade da Igreja sempre apareça na ordem do sinal concreto e histórico (do Reino e da salvação) e do instrumento (da mediação) em função de serviço salvífico ao mundo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015