SOMOS ÁTOMOS DE DEUS

SOMOS ÁTOMOS DE DEUS

domingo, 30 de outubro de 2011

NASCIMENTO E CRESCIMENTO DAS RELIGIÕES







O NASCIMENTO E O CRESCIMENTO DAS RELIGIÕES

MADRI, 13 Set. 09 / 10:26 pm (ACI)

Segundo os cálculos de "O atlas das religiões", elaborado por "Le Monde Diplomatique" em colaboração com a revista francesa "Le Vie", para meados deste século todas as religiões do mundo terão crescido significativamente, os ateus e agnósticos seguirão sendo uma pequena minoria e um de cada três habitantes do mundo será cristão.

Conforme informa o jornal La Razón, "nem os 70 anos de hostilidade à religião na URSS nem o comunismo na Europa Oriental nem o materialismo no Ocidente nem as perseguições na China, Vietnam ou Coréia nem os avanços tecnológicos ou científicos impedirão o crescimento das religiões no século XXI".

Calcula-se que no ano 2050 o mundo terá 9.1 bilhões de habitantes e haverá aproximadamente 3 bilhões de cristãos. Atualmente existem 2 bilhões, dos quais 1.14 são católicos.

"O cristianismo crescerá por demografia em muitos países, incluindo Ocidente, e pelo esforço missionário na África, onde viverá um de cada quatro batizados, e também na Ásia e Rússia. Os católicos europeus, que ainda somam 25 por cento do catolicismo mundial, serão apenas 16 por cento na metade de século", adiciona o jornal.

Do mesmo modo, explica que "a grande natalidade e certa expansão missionária na Ásia e África também farão crescer o islã, que chegará aos 2.2 bilhões de aderentes com comunidades importantes em todo mundo".

Estima-se que o hinduísmo terá por volta de 1.1 bilhões de seguidores, concentrados quase exclusivamente na Índia e Nepal, com minorias no Sri Lanka, Bangladesh e Paquistão. O budismo seguirá centrado nos países que tradicionalmente o professaram e crescerá pouco: 425 milhões atenderão o ensino da Buda. O judaísmo contará com 17 milhões de fiéis.

Como ocorre atualmente, Estados Unidos será o país com mais cristãos; Indonésia o que tenha mais muçulmanos e China o que tenha mais budistas.

"A evolução das cifras de não-adeptos dependerá muito dos países onde se persegue os fiéis, especialmente a China e Vietnam, assim como do que acontecer a Europa pós-comunista. Uma coisa está clara: os ateus têm sempre menos filhos que as pessoas religiosas", conclui La Razón.

sábado, 29 de outubro de 2011

MENSAGEM DE UM ENFERMO






          MENSAGEM DE UM ENFERMO

                                 Jonas Serafim

"Eu estava enfermo e cuidaram de mim" (Mt 25,36).
Lembrei do pó que somos e ao pó que nos tornaremos. (Gn 3,l9).
Lembrei de que somos de uma origem divina, pois, "O Espírito de Deus repousa sobre nós" (1Pd 4,14).
Sobreviveremos com uns ajudando os outros, "como companheiros das aflições e também da consolação" (2 Cor 1,7).
Lembrei de que somos educados no contexto do tempo, mas transcenderemos a tudo na fé perseverante (At 14,22) em busca da paz. Essa é a nossa missão de esperança e a nossa glória incomensurável (Rm 8,18).
A vida na terra é uma luta de tempo pouco durável cheia de dor e angústia (Jó 7,1-3s).
Por isso é preciso misericórdia e não sacrifício (Mt9, 13).
A carne é um processo crisológico finito que é carente de muitos cuidados.
A todos foi imposta uma grande inquietação, pois, "o sono da noite perturba-nos as ideias" ( Eclo 40,1-5).
Cada um com a sua cruz e tribulações. Estamos todos presos no mundo como raízes e estrelas, cada um ungido com a sua liberdade ou condenação (1 Cor 11,32.34).
"Toda cabeça está contaminada pela doença, todo o coração está enfermo" (Is 1,5).
A todos nós nos foi dado um corpo para lembrarmos dos sofrimentos dos irmãos (Hb 13,1-3);
Para vivermos o amor fraterno permanente.
Depois de tudo, a Graça fortalecerá e a Deus toda a glória será (Rm 3,24).

MELISSA - DOM REAL

VIDA ALÉM DA MORTE


VIDA ALÉM DA MORTE

O teólogo

Leonardo Boff
A morte não é um fenômeno pontual. É um processo. Se as pessoas voltam é porque esse processo não se concluiu. Mesmo assim, há o desprendimento parcial, com enorme alargamento da consciência e o encontro com um mundo que já pertence ao divino. A morte em nossa cultura constitui um trauma terrível, porque é sempre entendida como negação da vida. Porém, nessas experiências, o que se vê é a ampliação da vida, o acesso a uma dimensão da qual as pessoas só retornam com muita relutância. Na própria morte dá-se a ressurreição. Não como devolução à vida. Mas como realização plena das virtualidades do ser humano.
Leonardo Boff é teólogo católico e escritor. É autor, entre outros livros, de Vida para Além da Morte

O rabino

Nilton Bonder
Trabalhei em hospitais, com doentes terminais, nos Estados Unidos. E presenciei várias situações dessas. O que mais impressiona é a euforia com que as pessoas relatam suas experiências. Eu acho que, nessas ocasiões, elas realmente fazem contato com a verdadeira natureza humana, com a fonte da existência. Mas não têm, necessariamente, uma visão objetiva. Porque há também um aspecto onírico, alucinatório, causado pela intoxicação do corpo. Para o judaísmo, a morte é um longo processo, que dura 11 meses. Segundo a mística judaica, a alma possui sete camadas e a morte só se completa quando a mais sutil delas finalmente se desprende do mundo físico.
Nilton Bonder é rabino da Congregação Judaica do Brasil e escritor. É autor, entre outros livros, de A Alma Imoral

O budista

Ricardo Gonçalves
No budismo, existe uma tradição, segundo a qual, se a pessoa estiver preparada, um ser de luz, o Buda Amida, se manifesta a ela na hora da morte, para conduzi-la ao paraíso, a Terra Pura. Tanto o Buda Amida quanto a Terra Pura devem ser entendidos como metafóras, pois, no budismo, nada tem existência objetiva. Tudo é metáfora. O Buda Amida representa a plenitude da sabedoria e da compaixão e a Terra Pura é uma representação do Nirvana. A crença na manifestação do Buda inspirou toda uma literatura sobre a arte do bem morrer. As principais técnicas preconizadas por essas obras são a visualização da Terra Pura e a recitação do nome de Amida.
Ricardo Gonçalves é monge budista da Verdadeira Escola da Terra Pura e historiador. É autor, entre outros livros, de Textos Budistas e Zen-budistas.

O espírita

A. C. Perri de Carvalho
Nas experiências próximas da morte, o espírito ganha uma emancipação parcial, semelhante à que ocorre em certos sonhos. Os relatos sobre a travessia do túnel coincidem inteiramente com o que dizem os espíritos psicografados pelo médium brasileiro Francisco Xavier. A visão da luz sobrenatural não significa que o espírito esteja entrando em contato com Deus ou com seres altamente iluminados. Ela apenas assinala seu ingresso num outro domínio da existência, a dimensão incorpórea. Os cenários vistos nesse domínio concordam inteiramente com as descrições do mundo espiritual fornecidas pelo visionário sueco Emanuel Swedenborg (1688-1772).
Antonio Cesar Perri de Carvalho é presidente da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo e professor. É autor de Entre a Matéria e o Espírito.

Anote Para ler

Vida Depois da Vida, de Raymond Moody, Ed. Nórdica
Relatos Sobre a Existência dos Anjos da Guarda, de Pierre Jovanovic, Ed. Anagrama
Em vídeo: Vida Após a Morte, Distribuidora NCA Forever, (011) 966-6135

FRASES PARA INSPIRAR SOBRE LA CONFIANZA, EL AMOR Y LOS SUEÑOS

COMO REZAVA GHANDI

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EDUCAÇÃO E ESPIRITUALIDADE





RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE

A religião, a religiosidade e os sistemas religiosos

A humanidade sofre com o desconhecimento das causas dos seus problemas. Este sofrer lhe remete a uma busca desesperada por soluções, por mitos e ou santos que lhe propiciem curas milagrosas, bem como soluções inesperadas para problemas previsíveis. Surge neste momento a Religião.
O que é Religião e o que chamamos de religiosidade?
A Religião é um processo relacional desenvolvido entre o Homem e os poderes por ele considerados sobre humanos, no qual se estabelece uma dependência ou uma relação de dependência. Essa relação se expressa através de emoções como confiança e medo, através de conceitos como moral e ética, e finalmente através de ações (cultos ou atividades pré estabelecidas, ritos ou reuniões solenes e festividades). A Religião é a expressão de que a consciência humana registra a sua relação com o inefável, demonstrando a sua convicção nos poderes que lhes são transcendentes. Esta transcendência é tão forte, que povoa a cultura humana.
Alguns teólogos defendem a idéia de que: “A Existência de Deus é uma necessidade”, no entanto queremos enfatiza-la como “A Necessidade”, porque nenhuma outra por mais sublime que a seja, equiparasse com a existência da “Vida de todas as vidas”. Podemos compreender que através da aceitação de Deus ou de um ser sobre humano, o ser humano consegue atribuir sentido metafísico às coisas. Sentido este que exorta a extrapolação do sensorial. Fora disto, tudo é vazio e não há compreensão que abarque a “inexistência como existente” e o acaso como responsável por todas as coisas.
Haveremos, porém, de considerar que as coisas metafísicas no sentido adotado exigem uma percepção metafísica. Exigem por si só, funções mentais não cognitivas que possibilitem ao Homem abstrair do mundo como ele está. Muitas vezes a percepção advinda destas faculdades, levam a percepções que fogem ao senso comum ou a percepção das massas. Diante deste paradoxo, o Homem que vivencia o Processo Religare (a dinâmica de desenvolvimento da consciência superlativa, em direção ao criador) é comumente chamado de louco, como se os outros que não enxergam o que ele vê não o fossem, em verdade.
Alguns Homens se consideram capazes de estabelecer uma espécie de intermédio nesta dinâmica, no entanto, estes Homens desconhecem que todo criador deixa grafada em sua obra, uma assinatura que o diferencia dos outros. Queremos dizer com isto, que a relação do criador cósmico com a criatura, deixa uma relação implícita ao ser humano. E é esta relação, que é verdadeiramente, a Religião.
Então o que se vê institucionalizado em: Templos, Congregações, Núcleos, Igrejas e Centros não são a Religião porque esta é um processo pessoal, mas um Sistema Religioso. Toda referência à palavra Religião feita neste texto, será uma referência à expressão: Processo Religare, que enfatizamos ser a dinâmica de ampliação dos níveis de consciência para percepção da divindade.
Um sistema religioso é caracterizado por elementos que expressem Religião, mesmo que este não seja o seu objetivo. Todo e qualquer sistema filosófico e científico que contenha elementos de Religião, é um sistema religioso. Observamos diante disto que muitas coisas podem ser elementos de Religião. Os livros sagrados, os marcos históricos, os personagens históricos, alguns objetos (santo Graal, lança sagrada, cruzes,...), são todos eles fonte de Religião, mas podem gerar ou não religiosidade.
A religiosidade é uma qualidade do indivíduo que é caracterizada pela disposição ou tendência do mesmo, para perseguir a sua própria Religião ou a integrar-se às coisas sagradas.  Precisamos diferir o ser possuidor de religiosidade, do religioso, que é fruto do sistema religioso.
O religioso é um fanático, que não compreende e não respeita o Processo Religare do próximo. Ele se torna intolerante e não aceita as práticas religiosas de outros indivíduos, considerando o seu caminho único e inquestionável. Acontece, com isto, que alguns sistemas religiosos podem gerar indivíduos de religiosidade, mas como os religiosos se apegam ao poder e as fórmulas, tendem a manipular as mentes atormentadas e sofredoras, obrigando a todo aquele que não esteja em sintonia com seus ideais a se tornarem submissos. Daí as crises e a intolerância religiosa. Os religiosos são de fato os grandes causadores de problema, aliados aos seus sistemas religiosos.
Não raro observamos este ou aquele sistema religioso apregoar ser o caminho de transformação da humanidade. Em verdade ele poderá ser "Um caminho" e não "O caminho" por que um sistema expressa as necessidades dos elementos constituintes do seu conjunto. Em decorrência disto não existe o melhor sistema religioso, mas o que mais se adeque ao entendimento e ao despertamento de consciência do indivíduo que o procura.
Existem nos sistemas religiosos, alguns elementos de Religião que podem ser autênticos. Estes elementos podem despertar a Religião, mas que com o tempo podem degenerar, porque para compreender o Processo Religare, é necessário transportar a consciência para um patamar mais desenvolvido.
Os estudiosos separam a prática religiosa do sistema religioso. Esta primeira pode inclusive conter dissonâncias críticas da segunda, destoando em idéias e em implementações da proposta dos seus criadores. Por isto, defendemos a posição de que o cristianismo primitivo foi perdido, por que ele foi adulterado pelos Homens, que dão sua própria interpretação daquilo que não compreendem. Mas, enquanto as palavras e as idéias não são respeitadas e enquanto o ser humano se apega a práticas exteriores e não vivência elas no seu interior, ele será sempre um ser a parte da criação e Deus será o déspota cruel, que manipula o Homem ao seu bel prazer.
Dissemos que a Religião (do grego religare) é o processo de interligação do ser humano com o criador. Mas afinal de contas, será que o Homem está separado de Deus? Então qual o real significado do Processo Religare ou Religião?
Desde o término do século XIX, muitos estudos científicos ficaram voltados ao entendimento da chamada consciência. É bem verdade que a grande maioria deles, complicou muito mais o entendimento do que outra coisa. Quando exortamos a expressão consciência, queremos nos referir a capacidade do ser humano relacionar-se com o mundo exterior, de forma: equilibrada, harmônica e plena. Então, toda relação consciente propicia ao indivíduo:
· O desapego de si mesmo e do outro,
· A compreensão do contexto o qual experimenta,
· A acessibilidade dos registros mentais, concernente à diversidade de experimentações nos planos do existir do Homem (Espírito, Alma e Corpo Físico);
· A integração e o desenvolvimento com as faculdades do ser.
Esta consciência é então, fruto da relação do ser consigo mesmo, com o seu próximo e com o criador. É bem verdade que o influxo cósmico do criador, exerce uma dinâmica “inconsciente”, isto é, a relação de Deus com o Homem, é imanente a natureza humana, enquanto as relações: consigo mesmo e com o próximo, são aprimoradas no próprio viver. Podemos concluir que é mais natural relacionarmo-nos com Deus, do que conosco ou com o próximo, por que somos naturalmente divinos e não naturalmente humanos. A questão é: até identificarmos isto, nos portamos mais como animais do que seres humanos ou deuses.
O estado de humanidade é uma qualidade adquirida pela alma, pelo somatório das suas faculdades físicas, psíquicas, morais e espirituais. Podemos dizer, que a grande maioria dos indivíduos são potencialmente humanos, porque estão munidos das qualidades necessárias para tal, mas não a usam.
Processo Religare nada mais é do que o desenvolvimento das faculdades psíquicas da alma, que o tornem sensível à percepção da sua relação com Deus. Logo, entendemos diante disto, que não nos afastamos de Deus, mas nos relacionamos com ele inconscientemente, sendo que o nosso verdadeiro trabalho é conscientizarmo-nos desta relação, para tornarmo-nos merecedores de suas benesses.
Deste entendimento, podemos inferir que há um desenvolvimento da humanidade do Ser, que lhe remete a um estado “além-do-homem”, parodiando o filósofo alemão. O Processo Religare nos remeteria diretamente a uma transição do Ser, ao vir a Ser, que levaria o ser a uma divinização, ou melhor, a um estado de imutabilização ou iluminação. Entendamos, que imutabilizar-se não significa ser imutável, que é um atributo divino, mas harmonizam-se com a vibração cósmica Dele.
Diante disto, poderemos concluir que este relacionamento não é passivo, mas ativo, acarretando por isto em algumas seqüelas. Estas seqüelas são apercebidas a nível subconsciente e “vazam” para a chamada consciência objetiva. A consciência objetiva é o estado de percepção mental o qual captamos impressões sensoriais e traduzimos em informação (ou experiência). As seqüelas que vazam do subconsciente para a consciência objetiva, são em verdade “somatizadas” (transferidas do estado psíquico para o físico).
Desta relação entre a consciência cósmica e a consciência objetiva, surgem os sonhos e as alucinações, que acarretam em alterações na consciência humana. É bem verdade que existem outros fatores de alteração dos padrões de consciência, mas podemos afirmar que o estado evolutivo da alma é mensurado pela qualidade de seu sono e pela sua capacidade de aperceber-se da realidade.
Enquanto estamos dormindo, a alma se encontra liberta das estruturas físicas que a aprisionam, deixando aflorar o padrão simbólico “subconsciente” ao qual o ser humano está afim. Esotericamente, dizemos que a consciência cósmica (ou inconsciente coletivo) emana um padrão vibratório superior, mas o Ser Humano apenas captará a freqüência vibratória correlata ao seu grau de consciência. Daí, quando a alma está liberta ou estamos adormecidos materialmente, captamos a imagem que realmente nos atormenta ou nos liberta. Concluímos com isto, que os pesadelos ou os belos sonhos são expressões do subconsciente, daquilo que realmente desejamos. A partir do reconhecimento destes desejos do subconsciente, direcionamos o padrão comportamental de nossa existência.
Em contrapartida, quando estamos acordados, as faculdades sensoriais ou objetivas, se tornam o nosso alicerce a percepção das coisas como elas estão. Entendamos que tudo no universo possui movimento, movimento este que expressa o grau evolutivo das coisas como elas estão. Se, estivermos em harmonia, concentrados no objeto que desejamos nos apercebermos, os nossos sentidos o captarão de maneira totalitária. Caso contrário, os nossos sentidos tenderão a fragmentar a informação, que será composta pelo cérebro humano. Estas informações fragmentárias, revelam parcialmente a natureza do objeto como ele é e das coisas como elas são, fazendo o indivíduo ter uma percepção relativa do mundo que o cerca. Queremos dizer com isto que: para se ter um olfato pleno, não basta apenas captar o cheiro exalado por um objeto, mas concentrar-se com todos os sentidos no que ele é. Desta forma, a natureza das coisas se descortinará o Ser Humano, aflorando então a consciência cósmica.
Desta dinâmica entre a consciência cósmica e a consciência objetiva, podemos compreender que acarretam alterações comportamentais. Estas alterações comportamentais desencadeiam as famosas nóias, ou estados comportamentais (a ortonóia - estagnação mental, a paranóia - perturbação mental, a metanóia -iluminação).
Toda existência do Ser Humano é pautada nesta dinâmica, mas podemos nos aperceber com mais intensidade no simbolismo arcaico das religiões.O simbolismo arcaico das religiões é o arcabouço dos símbolos de Religião, adotados pela humanidade como fontes de religiosidade.
Ao estudarmos a gênese descrita nos livros sagrados dos sistemas religiosos, observamos alguns elementos similares, frutos de uma fonte comum. Estes símbolos se tornaram sagrados para a humanidade (ou parte dela). Uma coisa interessante é quando o símbolo deixa de ser estático ou inativo e passa a ser um elemento ativo do sistema religioso, através das ritualísticas e práticas religiosas.
As ritualísticas e as práticas religiosas se tornam referências sociais e marcos que podem atrasar ou impulsionar um grupo social, a grandes mudanças comportamentais. É importante ressaltar, que muitas vezes a apreensão e o entendimento dos princípios envoltos na ritualística e nas práticas religiosas nos são desconhecidos por muitos, tornando a sua prática mecânica e dissociada do seu principal objetivo que é o de despertar uma compreensão superlativa a cerca da vida e da existência do indivíduo. Daí a surgir o fanatismo religioso e no outro extremo o ateísmo e a heresia, que no fundo são a mesma coisa: indivíduos que não compreendem a prática de um ou vários sistemas religiosos.
Pelos motivos acima citados, o sagrado torna-se vultuoso. O sagrado é tudo aquilo que é consagrado à divindade, que possua uma referência ou simbolismo venerável. Um objeto, um rito, uma pessoa, que sejam considerados sagrados e se tornam referência, fruto de admiração e de cobiça, seja no plano do ter, seja no plano do estar ou ainda do equivaler-se. 
Autores:
Cláudio Manoel Nascimento Gonçalo da Silva 
Davi Silva Almeida