terça-feira, 28 de agosto de 2012
AMA
Ama quem se doa e perdoa
quem rejeita os erros mas não o errado,
quem aceita o pecador mas não o pecado.
Ama quem sabe conviver entre o trigo e o joio
quem é querido por humildade
e não só é aceito por capricho
quem dialoga e compartilha o verdadeiro sentido.
Ama quem é amado, e ama mais ,
por encontrar sua metade e completar-se plenamente
sem se preocupar com o mundo na confiança do amor certamente.
(Jonas Serafim)
João 12,24
"SE O GRÃO DE TRIGO, CAINDO NA TERRA, NÃO MORRER, FICA ELE SÓ; MAS SE MORRER, DÁ MUITO FRUTO." (Jo 12,24).
FAÇA UMA LEITURA DE IMAGEM DA FIGURA RELACIONANDO AO TEXTO BÍBLICO E ESCREVA A SUA OPINIÃO.
FAÇA UMA LEITURA DE IMAGEM DA FIGURA RELACIONANDO AO TEXTO BÍBLICO E ESCREVA A SUA OPINIÃO.
MISTICAÇÃO
E O TEMPO SE FEZ HISTÓRIA
HABITADO POR NÓS,
CONVERGINDO
A IMAGEM COM A PALAVRA
NA RECRIAÇÃO
E NA SENSIBILIDADE;
RECONHECENDO
O ROSTO DE DEUS
EM CADA SER HUMANO,
RESSIGNIFICANDO
O SENTIDO HISTÓRICO
CONSAGRADO NA ESPERANÇA
DO CORAÇÃO HUMANO,
AGINDO NA UNIDADE
E PARA A UNIDADE DE TODOS,
COM SUAS DIFERENÇAS,
CONSTRUINDO O AMANHÃ
QUE AINDA NÃO EXISTE;
SUPERANDO O SABER OBJETIVO
DE UM MUNDO OBJETIVADO
SOB UM OLHAR MATEMÁTICO,
PROCURANDO A FRATERNIDADE.
AMO PORQUE ME AMO
sábado, 18 de agosto de 2012
Em Busca da Terra Prometida - trailer
LEIA GÊNESIS 12; ÊXODO 3; E HEBREUS 11.
AGORA ESCREVA SEU COMENTÁRIO ACERCA DESTE ASSUNTO.
ÉMILE DURKHEIM
Émile Durkheim | |
---|---|
Nascimento | 15 de abril de 1858 Épinal, França |
Morte | 15 de novembro de 1917 (59 anos) Paris, França |
Nacionalidade | Francês |
Ocupação | Acadêmico, sociólogo, antropólogo, filósofo |
Influências | Influências[Expandir] |
Influenciados | Influenciados[Expandir] |
Escola/tradição | Positivismo, Funcionalismo,Evolucionismo |
Principais interesses | Sociologia, Antropologia, Ciência,Epistemologia, Religião, Suicídio,Educação, Direito, Ética |
Ideias notáveis | Fato Social, Consciência coletiva,Anomia |
Émile Durkheim (Épinal, 15 de abril de 1858 — Paris, 15 de novembro de 1917) é considerado um dos pais da Sociologia moderna, tendo sido o fundador da escola francesa, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É amplamente reconhecido como um dos melhores teóricos do conceito da coesão social.
Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização deste, desde que consiga integrar-se a essa estrutura.
Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do trabalho coletivo (preponderância progressiva da solidariedade orgânica).
A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim e seus seguidores. Suas principais obras são: Da divisão do trabalho social (1893); Regras do método sociológico (1895); O suicídio (1897); As formas elementares de vida religiosa (1912). Fundou também a revista L'Année Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo inteiro.
Biografia
Émile Durkheim nasceu em Épinal, na Lorraine no dia 15 de abril de 1858. Descendente de uma família judia. Iniciou seus estudos filosóficos na Escola Normal Superior de Paris, indo depois para Alemanha. Ainda menino decidiu não seguir o caminho dos familiares levando, pelo contrário, uma vida bastante secular. Em sua obra, por exemplo, explicava os fenômenos religiosos a partir de fatores sociais e não divinos. Tal fato não o afastou, no entanto, da comunidade judaica. Muitos de seus colaboradores, entre eles seu sobrinho Marcel Mauss formaram um grupo que ficou conhecido como escola sociológica francesa. Entrou na École Normale Supérieure em 1879 juntamente com Jean Jaurès e Henri Bergson. Durante estes estudos teve contatos com as obras de August Comte e Herbert Spencer que o influenciaram significativamente na tentativa de buscar a cientificidade no estudo das humanidades. Suas principais obras são: Da divisão do trabalho social, As regras do método sociológico, O suicídio, Formas elementares da vida religiosa, Educação e sociologia, Sociologia e filosofia.
Morreu em Paris em 15 de novembro de 1917 e encontra-se sepultado no Cemitério do Montparnasse na capital francesa.
Pensamento
Durkheim formou-se em Filosofia, porém sua obra inteira é dedicada à Sociologia. Seu principal trabalho é na reflexão e no reconhecimento da existência de uma "Consciência Coletiva". Ele parte do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou Humano porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste.
A este processo de aprendizagem, Durkheim chamou de "Socialização", a consciência coletiva seria então formada durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar. E esse "tudo" ele chamou de "Fatos Sociais", e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.
Nem tudo que uma pessoa faz é um fato social, para ser um fato social tem de atender a três características: generalidade, exterioridade e coercitividade. Isto é, o que as pessoas sentem, pensam ou fazem independente de suas vontades individuais, é um comportamento estabelecido pela sociedade. Não é algo que seja imposto especificamente a alguém, é algo que já estava lá antes e que continua depois e que não dá margem a escolhas.
O mérito de Durkheim aumenta ainda mais quando publica seu livro "As regras do método sociológico", onde define uma metodologia de estudo, que embora sendo em boa parte extraída das ciências naturais, dá seriedade à nova ciência. Era necessário revelar as leis que regem o comportamento social, ou seja, o que comanda os fatos sociais.
Em seus estudos, os quais serviram de pontos expiatórios para os inícios de debates contra Gabriel Tarde (o que perdurou praticamente até o fim de sua carreira), ele concluiu que os fatos sociais atingem toda a sociedade, o que só é possível se admitirmos que a sociedade é um todo integrado. Se tudo na sociedade está interligado, qualquer alteração afeta toda a sociedade, o que quer dizer que se algo não vai bem em algum setor da sociedade, toda ela sentirá o efeito. Partindo deste raciocínio ele desenvolve dois dos seus principais conceitos: Instituição social e Anomia.
A instituição social é um mecanismo de proteção da sociedade, é o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade, cuja importância estratégica é manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos que dele participam. As instituições são, portanto, conservadoras por essência, quer seja família, escola, governo, polícia ou qualquer outra, elas agem fazendo força contra as mudanças, pela manutenção da ordem.
Durkheim deixa bem claro em sua obra o quanto acredita que essas instituições são valorosas e parte em sua defesa, o que o deixou com uma certa reputação de conservador, que durante muitos anos causou antipatia a sua obra. Mas Durkheim não pode ser meramente tachado de conservador, sua defesa das instituições se baseia num ponto fundamental, o ser humano necessita se sentir seguro, protegido e respaldado. Uma sociedade sem regras claras (num conceito do próprio Durkheim, "em estado de anomia"), sem valores, sem limites leva o ser humano ao desespero. Preocupado com esse desespero, Durkheim se dedicou ao estudo da criminalidade, do suicídio e da religião. O homem que inovou construindo uma nova ciência inovava novamente se preocupando com fatores psicológicos, antes da existência da Psicologia. Seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da obra de outro grande homem: Freud.
Basta uma rápida observação do contexto histórico do século XIX, para se perceber que as instituições sociais se encontravam enfraquecidas, havia muito questionamento, valores tradicionais eram rompidos e novos surgiam, muita gente vivendo em condições miseráveis, desempregados, doentes e marginalizados. Ora, numa sociedade integrada essa gente não podia ser ignorada, porque de uma forma ou de outra, toda a sociedade sofreria as consequências. Aos problemas que observou, classificou como patologia social, e chamou aquela sociedade doente de "Anomana". A anomia era a grande inimiga da sociedade, algo que devia ser vencido, e a sociologia era o meio para isso. O papel do sociólogo seria, portanto, estudar, entender e ajudar a sociedade.
Na tentativa de "curar" a sociedade da anomia, Durkheim escreve "Da divisão do trabalho social", onde discorre sobre a necessidade de se estabelecer uma solidariedade orgânica entre os membros desta. A solução estaria em seguir o exemplo de um organismo biológico, onde cada órgão tem uma função e depende dos outros para sobreviver. Se cada membro exercer uma função específica na divisão do trabalho da sociedade, ele estará vinculado a ela através de um sistema de direitos e deveres, e também sentirá a necessidade de se manter coeso e solidário aos outros. O importante para Durkheim é que o indivíduo realmente se sinta parte de um todo, que realmente precise da sociedade de forma orgânica, interiorizada e não meramente mecânica.
Principais obras
Da divisão do trabalho social, 1893;
Regras do método sociológico, 1895;
O suicídio, 1897;
As formas elementares de vida religiosa, 1912.
RUDOLF OTTO
(A) Idéia do sagrado, de Rudolf Otto
Rudolf Otto (1869-1937) foi professor em diversas universidades alemãs, tendo chegado a titular de teologia em Breslau, de 1915 a 1917, transferindo-se em seguida para Marburgo, onde se aposentou em 1919.
Seguiu a orientação daqueles autores, como Jacob Friederich Fries (1773-1893), que consideravam certos aspectos do idealismo pós-kantiano como violadores da crítica da razão, propugnada por Kant, notadamente a filosofia especulativa da natureza. Fries entendia que esta deveria partir dos resultados das ciências particulares, a exemplo do procedimento de Kant em relação a Newton. Somente uma tal investigação poderia determinar precisamente quais são as categorias a priori que lhes dão sustentação, isto é, quais os princípios que não provêm da experiência.
Rudolf Otto aplicou tais procedimentos ao estudo da religião, motivo pelo qual considera-se que haja efetivado uma análise de caráter transcendental, na acepção que Kant deu a tal denominação. O termo em Kant se opõe tanto ao que é empírico como ao que é transcendente e designa uma forma particular de conhecimento. Na Crítica da Razão Pura teria oportunidade de afirma: “Chamo transcendental todo conhecimento que, em geral, não se ocupa tanto dos objetos como de nossos conceitos a priori dos objetos”. Vale dizer: trata-se de organizar o nosso conhecimento acerca do fenômeno, de maneira que possa alcançar validade absoluta.
As análises de Otto obedecem a tal pressuposto. Além disto, seguindo a Fries admite seja considerada a experiência psicológica, não tanto para subjugar o objeto do conhecimento ao relativismo da vida psíquica, mas para identificar as certezas que propicia e, por essa via, aproximar-se da formalização de caráter a priori, desde que, no seu entendimento, a experiência completa da consciência abrange não apenas a percepção mas também a possibilidade do pensamento.
A categoria fundamental de que parte Otto é a de numinoso. O termo é pouco usual mas se revelou muito expressivo. Provém da palavra latina numine que significa divindade. O sufixo oso corresponde a cheio de (medroso = cheio de medo; numinoso = cheio de divindade).
Rudolf Otto quer apreender o racional e o irracional na idéia de Deus, para o que procede a análise histórica, psicológica e semântica do conceito de numinoso. Tratando-se de um a priori não pode ser definido mas pode ser descrito.
Quando nos deparamos com o fato religioso, uma tendência natural ao espírito humano consiste em torná-lo compreensível. “Para toda idéia teísta de Deus, mas muito especialmente para a cristã – frisa Rudolf Otto – é essencial que a divindade seja concebida e designada com rigorosa precisão por predicados tais como espírito, razão, vontade, vontade inteligente, boa vontade, onipotência, unidade de substância, sabedoria e outros semelhantes; quer dizer, por predicados que correspondam aos elementos pessoais e racionais que o homem possui em si mesmo, ainda que em forma mais limitada e restrita. Ao mesmo tempo, todos esses predicados são, na idéia do divino, pensados como absolutos; ou seja, como perfeitos e supremos (...)”. Justamente o que nos permite apreender o fato religioso como algo mais que puro sentimento é a possibilidade de formularmos, dele, idéias claras e distintas. Esse é, aliás, um dos distintivos de religiões como o cristianismo.
Mas ao mesmo tempo, devemos chamar a atenção para um outro aspecto fundamental: se, por um lado, captamos em conceitos claros o fato religioso, a experiência do transcendente, não há dúvida, por outro, de que eles não esgotam a essência da divindade. Há uma como que inadequação fundamental entre o conceito e aquilo que pretende ser significado através dele: Deus não é (somente) aquilo que falamos dele. Os nossos predicados acerca da divindade seriam, assim, essenciais sintéticos, ou seja, como frisa Rudolf Otto, “(...) predicados atribuídos a um objeto que os recebe e sustenta, mas que não é compreendido por eles nem pode sê-lo, mas que, ao contrário, deve ser compreendido de outra maneira distinta e peculiar (...)”.
O erro do racionalismo consiste, no terreno da religião, em ter substituído os conceitos com que nos aproximamos do absoluto, por outros que não são privados da esfera religiosa, mas que pertencem, também, “à esfera natural das representações humanas”. Pretendendo deitar luz sobre a essência da religião, os racionalistas terminam por inviabilizá-la, despindo-a do seu caráter emocional e supra-racional. Certamente, quando os adversários da religião frisam que a “agitação mística” nada tem a ver com a razão, prestam um maior serviço àquela, do que o prestado pelos seus pretensos defensores, os racionalistas. “(...) Tomara – diz Rudolf Otto – que seja um saudável estímulo o observar que a religião não se reduz a enunciados racionais (...)”.
O estudo da base vivencial do fato religioso, envereda necessariamente pelo caminho do conhecimento do sagrado. Poderíamos, em primeiro lugar, fazer uma definição descritiva desse termo. “O sagrado é – frisa Rudolf Otto – uma categoria explicativa e valorativa que, como tal, se apresenta e nasce exclusivamente na esfera religiosa. É certo que interfere em outras, por exemplo, na ética; mas não procede de nenhuma. É complexa, e entre os seus diversos componentes contém um elemento específico, singular, que escapa à razão (...) e que é árreton, inefável; ou seja, completamente inacessível à compreensão por conceitos (como em terreno diferente ocorre com o belo)”.
Na tentativa em prol de chegar à essência da categoria do sagrado, é necessário que o separemos do seu componente moral, bem como de qualquer outro componente racional. A essência da categoria do sagrado seria, para Rudolf Otto, o numinoso. Trata-se de uma categoria peculiar, explicativa e valorativa, que vai acompanhada de uma disposição numinosa de ânimo, não passível de definição, mas apenas de descrição, compreensível indiretamente, mediante sugestões aproximadas que se apresentam ao espírito, de forma a permitir que emirja nele a vivência característica do sagrado, num misto de terror-admiração.
O numinoso não se deve confundir, entretanto, com o “sentimento de criatura” ou de anulação perante o sagrado. Este sentimento, certamente, acompanha a vivência do numinoso. Mas é, do ponto de vista psicológico, apenas efeito da presença de um elemento transbordante e misterioso. Esse “sentimento de criatura” é o que aparece, por exemplo, quando Abrahão ousa falar com Deus acerca da sorte dos sodomitas (Gén. I, 18, 27): “Eis que me atrevo a te falar, eu, que sou pó e cinza”. Schleiermacher analisou detalhadamente este sentimento, denominado por ele de “absoluta dependência”. Em que pese a importância desse sentimento na teologia bíblica (todas as passagens que, no Antigo e no Novo Testamento, se referem à anawa – pobreza de espírito, esvaziamento de si próprio, plena disponibilidade –) ou na literatura mística (o leitmotiv da pequenez nas mãos de Deus, tão em voga no pensamento de S. Teresa de Lisieux ou de Charles de Foucauld, por exemplo), não constitui, contudo, o cerne da vivência do numinoso. “Mas – pergunta Rudolf Otto – o que é e como é, objetivamente, tal como o sinto fora de mim, isso que chamamos de numinoso?
A resposta consistirá na análise circunstanciada das experiências do temor, da fascinação e do aniquilamento.
Tais noções, contudo, não se esgotam no plano psicológico, remetendo, a seu ver, a uma experiência metafísica que o sentimento como tal é impotente para expressar.
Além do seu texto fundamental (aparecido em 1917, com o título de O sagrado – Das Heilege, que a Universidade de Oxford, Inglaterra, traduziu em 1923 com o título de The idea of Holy, adotado também nas traduções a outras línguas), Otto publicou extensa bibliografia, na qual se destacam A concepção do Espírito Santo em Lutero (1899); Vida e ação de Jesus (1902); Concepção naturalista e concepção religiosa do mundo (1904); A filosofia da religião de Kant – Fries e sua aplicação à teologia (1909) e Estudos relativos ao numinoso (1923). Suas concepções mereceram diversos estudos. O Curso de Humanidades da Open University (Inglaterra) dedica uma de suas unidades ao livro O Sagrado. (Ver também ELIADE).
Seguiu a orientação daqueles autores, como Jacob Friederich Fries (1773-1893), que consideravam certos aspectos do idealismo pós-kantiano como violadores da crítica da razão, propugnada por Kant, notadamente a filosofia especulativa da natureza. Fries entendia que esta deveria partir dos resultados das ciências particulares, a exemplo do procedimento de Kant em relação a Newton. Somente uma tal investigação poderia determinar precisamente quais são as categorias a priori que lhes dão sustentação, isto é, quais os princípios que não provêm da experiência.
Rudolf Otto aplicou tais procedimentos ao estudo da religião, motivo pelo qual considera-se que haja efetivado uma análise de caráter transcendental, na acepção que Kant deu a tal denominação. O termo em Kant se opõe tanto ao que é empírico como ao que é transcendente e designa uma forma particular de conhecimento. Na Crítica da Razão Pura teria oportunidade de afirma: “Chamo transcendental todo conhecimento que, em geral, não se ocupa tanto dos objetos como de nossos conceitos a priori dos objetos”. Vale dizer: trata-se de organizar o nosso conhecimento acerca do fenômeno, de maneira que possa alcançar validade absoluta.
As análises de Otto obedecem a tal pressuposto. Além disto, seguindo a Fries admite seja considerada a experiência psicológica, não tanto para subjugar o objeto do conhecimento ao relativismo da vida psíquica, mas para identificar as certezas que propicia e, por essa via, aproximar-se da formalização de caráter a priori, desde que, no seu entendimento, a experiência completa da consciência abrange não apenas a percepção mas também a possibilidade do pensamento.
A categoria fundamental de que parte Otto é a de numinoso. O termo é pouco usual mas se revelou muito expressivo. Provém da palavra latina numine que significa divindade. O sufixo oso corresponde a cheio de (medroso = cheio de medo; numinoso = cheio de divindade).
Rudolf Otto quer apreender o racional e o irracional na idéia de Deus, para o que procede a análise histórica, psicológica e semântica do conceito de numinoso. Tratando-se de um a priori não pode ser definido mas pode ser descrito.
Quando nos deparamos com o fato religioso, uma tendência natural ao espírito humano consiste em torná-lo compreensível. “Para toda idéia teísta de Deus, mas muito especialmente para a cristã – frisa Rudolf Otto – é essencial que a divindade seja concebida e designada com rigorosa precisão por predicados tais como espírito, razão, vontade, vontade inteligente, boa vontade, onipotência, unidade de substância, sabedoria e outros semelhantes; quer dizer, por predicados que correspondam aos elementos pessoais e racionais que o homem possui em si mesmo, ainda que em forma mais limitada e restrita. Ao mesmo tempo, todos esses predicados são, na idéia do divino, pensados como absolutos; ou seja, como perfeitos e supremos (...)”. Justamente o que nos permite apreender o fato religioso como algo mais que puro sentimento é a possibilidade de formularmos, dele, idéias claras e distintas. Esse é, aliás, um dos distintivos de religiões como o cristianismo.
Mas ao mesmo tempo, devemos chamar a atenção para um outro aspecto fundamental: se, por um lado, captamos em conceitos claros o fato religioso, a experiência do transcendente, não há dúvida, por outro, de que eles não esgotam a essência da divindade. Há uma como que inadequação fundamental entre o conceito e aquilo que pretende ser significado através dele: Deus não é (somente) aquilo que falamos dele. Os nossos predicados acerca da divindade seriam, assim, essenciais sintéticos, ou seja, como frisa Rudolf Otto, “(...) predicados atribuídos a um objeto que os recebe e sustenta, mas que não é compreendido por eles nem pode sê-lo, mas que, ao contrário, deve ser compreendido de outra maneira distinta e peculiar (...)”.
O erro do racionalismo consiste, no terreno da religião, em ter substituído os conceitos com que nos aproximamos do absoluto, por outros que não são privados da esfera religiosa, mas que pertencem, também, “à esfera natural das representações humanas”. Pretendendo deitar luz sobre a essência da religião, os racionalistas terminam por inviabilizá-la, despindo-a do seu caráter emocional e supra-racional. Certamente, quando os adversários da religião frisam que a “agitação mística” nada tem a ver com a razão, prestam um maior serviço àquela, do que o prestado pelos seus pretensos defensores, os racionalistas. “(...) Tomara – diz Rudolf Otto – que seja um saudável estímulo o observar que a religião não se reduz a enunciados racionais (...)”.
O estudo da base vivencial do fato religioso, envereda necessariamente pelo caminho do conhecimento do sagrado. Poderíamos, em primeiro lugar, fazer uma definição descritiva desse termo. “O sagrado é – frisa Rudolf Otto – uma categoria explicativa e valorativa que, como tal, se apresenta e nasce exclusivamente na esfera religiosa. É certo que interfere em outras, por exemplo, na ética; mas não procede de nenhuma. É complexa, e entre os seus diversos componentes contém um elemento específico, singular, que escapa à razão (...) e que é árreton, inefável; ou seja, completamente inacessível à compreensão por conceitos (como em terreno diferente ocorre com o belo)”.
Na tentativa em prol de chegar à essência da categoria do sagrado, é necessário que o separemos do seu componente moral, bem como de qualquer outro componente racional. A essência da categoria do sagrado seria, para Rudolf Otto, o numinoso. Trata-se de uma categoria peculiar, explicativa e valorativa, que vai acompanhada de uma disposição numinosa de ânimo, não passível de definição, mas apenas de descrição, compreensível indiretamente, mediante sugestões aproximadas que se apresentam ao espírito, de forma a permitir que emirja nele a vivência característica do sagrado, num misto de terror-admiração.
O numinoso não se deve confundir, entretanto, com o “sentimento de criatura” ou de anulação perante o sagrado. Este sentimento, certamente, acompanha a vivência do numinoso. Mas é, do ponto de vista psicológico, apenas efeito da presença de um elemento transbordante e misterioso. Esse “sentimento de criatura” é o que aparece, por exemplo, quando Abrahão ousa falar com Deus acerca da sorte dos sodomitas (Gén. I, 18, 27): “Eis que me atrevo a te falar, eu, que sou pó e cinza”. Schleiermacher analisou detalhadamente este sentimento, denominado por ele de “absoluta dependência”. Em que pese a importância desse sentimento na teologia bíblica (todas as passagens que, no Antigo e no Novo Testamento, se referem à anawa – pobreza de espírito, esvaziamento de si próprio, plena disponibilidade –) ou na literatura mística (o leitmotiv da pequenez nas mãos de Deus, tão em voga no pensamento de S. Teresa de Lisieux ou de Charles de Foucauld, por exemplo), não constitui, contudo, o cerne da vivência do numinoso. “Mas – pergunta Rudolf Otto – o que é e como é, objetivamente, tal como o sinto fora de mim, isso que chamamos de numinoso?
A resposta consistirá na análise circunstanciada das experiências do temor, da fascinação e do aniquilamento.
Tais noções, contudo, não se esgotam no plano psicológico, remetendo, a seu ver, a uma experiência metafísica que o sentimento como tal é impotente para expressar.
Além do seu texto fundamental (aparecido em 1917, com o título de O sagrado – Das Heilege, que a Universidade de Oxford, Inglaterra, traduziu em 1923 com o título de The idea of Holy, adotado também nas traduções a outras línguas), Otto publicou extensa bibliografia, na qual se destacam A concepção do Espírito Santo em Lutero (1899); Vida e ação de Jesus (1902); Concepção naturalista e concepção religiosa do mundo (1904); A filosofia da religião de Kant – Fries e sua aplicação à teologia (1909) e Estudos relativos ao numinoso (1923). Suas concepções mereceram diversos estudos. O Curso de Humanidades da Open University (Inglaterra) dedica uma de suas unidades ao livro O Sagrado. (Ver também ELIADE).
MIRCEA ELIADE
Mircea Eliade | |
---|---|
Nascido | 13 mar, 1907 Bucareste , Roménia |
Morreu | 22 de abril de 1986 (aos 79 anos)Chicago , Illinois , Estados Unidos |
Ocupação | Historiador , filósofo , contista ,jornalista , ensaísta , romancista |
Nacionalidade | Romeno |
Período | 1921-1986 |
Gêneros | fantasia , autobiografia , literatura de viagens |
Assuntos | história da religião , filosofia da religião , história cultural , história política |
Movimento literário | Modernismo Critério Trăirism |
Mircea Eliade ( romeno: [mirt͡ʃe̯a Eliade] ; 13 mar [ OS 28 de fevereiro] 1907 - 22 de abril de 1986) foi um romeno historiador da religião, escritor de ficção, filósofo e professor da Universidade de Chicago . Ele era um intérprete que leva da experiência religiosa, que estabeleceu paradigmas em estudos religiosos que persistem até hoje. Sua teoria de que hierofanias formar a base da religião, dividindo a experiência humana da realidade em sagrado e profano espaço e do tempo, mostrou-se influente. [ 1 ] Uma de suas contribuições mais influentes para estudos religiosos era a sua teoria da Eterno Retorno , que sustenta que mitos e rituais não simplesmente comemorar hierofanias, mas, pelo menos para as mentes dos religiosos, na verdade, participar delas.
Seus literárias obras pertencem ao fantástico e autobiográfico gêneros . Os mais conhecidos são os romances Maitreyi ("La Nuit Bengali "ou" Noites de Bengala "), Noaptea de Sânziene ("A Floresta Proibida"), Isabel şi apele diavolului ("Isabel e do Diabo Waters ") ea novela do Míope Adolescente , a novelas Domnişoara Christina ("Miss Christina") e Tinereţe Fara tinereţe ("Youth Without Youth"), e no curto histórias Secretul doctorului Honigberger ("O Segredo do Dr. Honigberger") e La Ţigănci ("com as meninas ciganas ").
No início de sua vida, Eliade era um jornalista notável e ensaísta, um discípulo do romeno extrema direita filósofo e jornalista Nae Ionescu , e membro da sociedade literária Critério . Ele também serviu como cultural adido ao Reino Unido e Portugal . Várias vezes durante os anos 1930, Eliade manifestou publicamente seu apoio à Guarda de Ferro , um fascista e anti-semita organização política. Seu envolvimento político da época, assim como seus outros extrema direita conexões, foram tema freqüente de críticas após a Segunda Guerra Mundial .
Notável por sua vasta erudição, Eliade tinha fluência em cinco línguas ( romeno , francês , alemão , italiano e Inglês ) e um conhecimento de leitura de outros três ( hebraico , persa e sânscrito ). Ele foi eleito membro póstuma da Academia Romena .
Infância
Nascido em Bucareste , ele era o filho de romenos Forças Terrestres oficial Gheorghe Eliade (cujo original sobrenome Ieremia) [ 2 ] [ 3 ] e Jeana née Vasilescu. [ 4 ] Uma Ortodoxa crente, Gheorghe Eliade registrado o nascimento de seu filho de quatro dias antes da data real, para coincidir com o calendário litúrgico festa da Quarenta Mártires de Sebaste . [ 3 ] Mircea Eliade tinha uma irmã, Corina, a mãe de semiólogo Sorin Alexandrescu . [ 5 ] [ 6 ] Sua família se mudou entre Tecuci e Bucareste, em última instância estabelecer-se na capital de , em 1914, [ 2 ] e comprar uma casa em Melodiei Street, perto Piaţa Rosetti , onde residiu até Mircea Eliade no final de sua adolescência. [ 6 ]
Eliade manteve uma memória particularmente gostava de sua infância e, mais tarde na vida, escreveu sobre o impacto vários episódios incomuns e encontros tinha em sua mente. Em um exemplo, durante a I Guerra Mundial Campanha romena , quando Eliade foi de cerca de 10 anos de idade, que presenciou o bombardeio de Bucareste por alemães zepelins e patriótico fervor na capital ocupada com a notícia de que a Roménia foi capaz de parar as Potências Centrais avanço ' em Moldávia . [ 7 ]
Ele nomeadamente descrito nesta fase da sua vida como marcada por um irrepetível epifania . [ 8 ] [ 9 ] Recordando a sua entrada em uma sala que uma "estranha iridescente luz "se transformou em" um palácio de conto de fadas ", escreveu ele,
Eu pratiquei por muitos anos [o] exercício de recapturar esse momento epifânico, e eu sempre encontrar novamente a plenitude mesmo. Eu iria escorregar para ele como em um fragmento de tempo desprovido de duração, sem começo, meio ou fim. Durante os meus últimos anos de liceu, quando eu lutava com ataques profundos de melancolia , ainda conseguiu, por vezes em voltar para a luz dourada verde do que tarde. [...] Mas, apesar de bem-aventurança foi o mesmo, agora era impossível de suportar, porque agravado minha tristeza demais. Por esta altura eu sabia que o mundo ao qual a sala pertencia [...] foi um mundo perdido para sempre. [ 10 ]
Robert Ellwood, um professor de religião, que fez seus estudos de pós-graduação em Mircea Eliade, [ 11 ] viu este tipo de saudade como um dos temas mais característicos da vida de Eliade e doutrina. [ 9 ]
Adolescência e estréia literária
Após completar seu principal educação na escola em Mântuleasa Street, [ 2 ] Eliade participou da Spiru Haret Colégio Nacional na mesma classe como Arşavir Acterian , Acterian Haig , e Viforeanu Petre (e vários anos a seniores de Nicolae Steinhardt , que eventualmente se tornou um amigo próximo de Eliade). [ 12 ] Entre os seus outros colegas era o futuro filósofo Constantin Noica [ 3 ] e amigo Noica, o futuro historiador de arte Barbu Brezianu . [ 13 ]
Como uma criança, Eliade era fascinado com o mundo natural, que formou a definição de suas primeiras tentativas literárias, [ 3 ] bem como com folclore romeno e do cristão fé expressa por camponeses. [ 6 ] Crescendo, ele teve como objetivo encontrar e registrar o que ele acreditava ser a fonte comum de todas as tradições religiosas. [ 6 ] O interesse do Eliade jovem no exercício físico e de aventura levou-o a prosseguir montanhismo e vela , [ 6 ] e ele também se juntou aos Escoteiros romenos . [ 14 ]
Com um grupo de amigos, ele desenhou e navegou num barco no Danúbio , de Tulcea para o Mar Negro . [ 15 ] Em paralelo, Eliade cresceu afastada do ambiente educacional, tornando-se desencantado com a disciplina necessária e obcecado com a idéia de que ele era mais feia e menos viril do que seus colegas. [ 3 ] A fim de cultivar sua força de vontade, ele se forçar a engolir insetos [ 3 ] e só dormi quatro a cinco horas por noite. [ 7 ] Em um ponto, Eliade foi reprovado quatro assuntos, entre os quais o estudo da língua romena . [ 3 ]
Em vez disso, ele se tornou interessado em ciências naturais e química , bem como o ocultismo , [ 3 ] e escreveu peças curtas em entomológicos assuntos. [ 7 ] Apesar da preocupação de seu pai que ele estava em perigo de perder a visão já fraca, Eliade ler apaixonadamente . [ 3 ] Um de seus autores preferidos era Honoré de Balzac , cujo trabalho ele estudou com cuidado. [ 3 ] [ 7 ] Eliade também se familiarizou com os modernistas contos de Giovanni Papini e antropologia social estudos de James George Frazer . [ 7 ]
Seu interesse nos dois escritores levou-o a aprender Italiano e Inglês em particular, e ele também começou a estudar persa e hebraico . [ 2 ] [ 7 ] Na época, Eliade conheceu Saadi poemas 's e os antigos da Mesopotâmia Epopéia de Gilgamesh . [ 7 ] Ele também estava interessado em estudar filosofia, entre outros, Sócrates , Vasile Conta , eo estóicos Marco Aurélio e Epicteto , e ler obras de história, os dois historiadores romenos que o influenciaram desde cedo foram Bogdan Petriceicu Hasdeu e Nicolae Iorga . [ 7 ] Seu primeiro trabalho publicado foi o 1921 Inamicul viermelui de mătase ("O Inimigo da-seda do"), [ 2 ] seguido por Cum am găsit piatra filosofală ("Como eu encontrei a Pedra Filosofal "). [ 7 ] Quatro anos mais tarde, Eliade concluiu os trabalhos em seu volume de estréia, o autobiográfico novela do Adolescente Míope . [ 7 ]
Universidade estudos e permanência indiano
Entre 1925 e 1928, frequentou a Universidade de Bucareste da Faculdade de Filosofia e Letras em 1928, ganhando o seu diploma com um estudo sobre a Idade Moderna italiano filósofo Tommaso Campanella . [ 2 ] Em 1927, Eliade viajou para a Itália, onde conheceu Papini [ 2 ] e colaborou com o estudioso Giuseppe Tucci .
Foi durante seus anos de estudante que Eliade reuniu Nae Ionescu , que lecionou no Logic , tornando-se um dos seus discípulos e amigos. [ 3 ] [ 6 ] [ 16 ] Ele foi especialmente atraído por idéias radicais Ionescu e seu interesse na religião, o que significou uma ruptura com o racionalista tradição representada por acadêmicos seniores, como Constantin Rădulescu-Motru , Gusti Dimitrie , e Vianu Tudor (tudo de quem devia inspiração para a extinta sociedade literária Junimea , ainda que em diferentes graus). [ 3 ]
Trabalhos acadêmicos Eliade começou depois de um longo período de estudo na Índia britânica , na Universidade de Calcutá . Vendo que o Maharaja de Kassimbazar patrocinadas europeus estudiosos para estudar na Índia, Eliade se inscreveu e foi concedido um subsídio para quatro anos, o que mais tarde foi dobrado por um romeno bolsa . [ 17 ] No outono de 1928, ele partiu para Calcutá para estudar sânscrito e filosofia sob Surendranath Dasgupta , um bengali ex-aluno de Cambridge e professor na Universidade de Calcutá, o autor de um volume cinco História da filosofia indiana . Antes de chegar ao subcontinente indiano , Eliade também fez uma breve visita ao Egito . [ 2 ] Uma vez lá, ele visitou grandes áreas da região, e passou um curto período em um Himalaia ashram . [ 18 ]
Ele estudou os fundamentos da filosofia indiana , e, em paralelo, aprendeu sânscrito, Pali e Bengali , sob a direção Dasgupta da. [ 17 ] Na época, ele também tornou-se interessado nas ações de Mahatma Gandhi , a quem conheceu pessoalmente, [ 19 ] e o Satyagraha como um fenômeno, mais tarde, adaptado Eliade idéias de Gandhi em seu discurso sobre espiritualidade e Roménia. [ 19 ]
Em 1930, enquanto vivia com Dasgupta, Eliade se apaixonou pela filha de seu anfitrião, Maitreyi Devi , mais tarde, a escrever uma mal disfarçada autobiográfico romance Maitreyi (também conhecido como "La Nuit Bengali" ou "Noites de Bengala"), em que ele afirmou que transportada num relacionamento físico com ela. [ 20 ]
Eliade recebeu seu PhD em 1933, com uma tese sobre Yoga práticas. [ 3 ] [ 6 ] [ 21 ] [ 22 ] O livro, que foi traduzido para o francês , três anos depois, [ 17 ] teve um impacto significativo no meio acadêmico, tanto na Roménia e no exterior. [ 6 ]
Mais tarde, ele lembrou que o livro foi um passo inicial para a compreensão não apenas práticas indianas, mas também espiritualidade romeno. [ 23 ] Durante o mesmo período, Eliade começou uma correspondência com o Ceylonese -nascido filósofo Ananda Coomaraswamy . [ 24 ] Em 1936 - 1937, ele funcionava como assistente de honorário para o curso de Ionescu, ministrando a disciplina de Metafísica . [ 25 ]
Em 1933, Mircea Eliade teve uma relação física com a atriz Sorana Topa, enquanto caindo no amor com Nina Mares, que ele finalmente se casou. [ 5 ] [ 6 ] [ 26 ] Este último, apresentado a ele por seu novo amigo Mihail Sebastian , já tinha uma filha, Giza, de um homem que havia se divorciado dela. [ 6 ] Eliade Giza posteriormente adoptada, [ 27 ] e os três se mudaram para um apartamento na 141 Dacia Boulevard . [ 6 ] Ele deixou a sua residência, em 1936, durante uma viagem que fez ao Reino Unido e Alemanha , quando ele primeiro visitou Londres , Oxford e Berlim .
Critério e Cuvântul
Casa Eliade em Bucareste (1934-1940)
Após contribuindo várias peças e geralmente polêmica em revistas universitárias, Eliade chamou a atenção do jornalista Pamfil Şeicaru , que o convidou para colaborar no nacionalista papel Cuvântul , que se destacou por seus tons agressivos. [ 3 ] Até então, Cuvântul foi também hospeda artigos de Ionescu. [ 3 ]
Como uma das figuras no Critério sociedade literária (1933-1934), o encontro inicial de Eliade com o tradicional extrema-direita foi polêmico: as conferências do grupo foram invadido por membros da AC Cuza o Nacional-cristã Defesa da Liga , que se opõe ao que eles visto como pacifismo e dirigiu anti-semitas insultos vários oradores, incluindo Sebastian; [ 28 ] , em 1933, ele estava entre os signatários de um manifesto adversária Alemanha nazista 's estado imposta racismo . [ 29 ]
Em 1934, num momento em que Sebastian foi publicamente insultado por Nae Ionescu, que prefaciou seu livro ( De Doua mii de ani ... ) com pensamentos sobre a "condenação eterna" dos judeus, Mircea Eliade falou contra esta perspectiva, e comentou que as referências Ionescu para com o veredicto " Fora da Igreja não há salvação "contradiz a noção de Deus onipotência . [ 30 ] [ 31 ] No entanto, ele afirmou que o texto Ionescu não havia provas de anti-semitismo. [ 32 ]
Em 1936, refletindo sobre o início da história do Reino romeno e sua comunidade judaica , ele lamentou a expulsão de sábios judeus em solo romeno, fazendo referências específicas para Moisés Gaster , Hariton Heimann Tiktin e Şăineanu Lazăr . [ 33 ] Eliade pontos de vista no momento focada na inovação, no verão de 1933, ele respondeu a um anti- modernista crítica escrita por George Călinescu :
Tudo o que eu quero é uma profunda mudança, uma transformação completa. Mas, pelo amor de Deus, em qualquer direção que não seja a espiritualidade . [ 34 ]
Ele e os amigos Emil Cioran e Constantin Noica eram até então sob a influência de Trăirism , uma escola de pensamento que se formou em torno dos ideais expressos por Ionescu. Uma forma de existencialismo , Trăirism também foi a síntese de tradicionais e novas de direita crenças. [ 35 ] Logo no início, uma polêmica pública foi desencadeada entre Eliade e Petrescu Camil :. os dois finalmente reconciliada e mais tarde se tornaram bons amigos [ 27 ]
Como Mihail Sebastian, que era tornar-se influenciado por Ionescu, ele manteve contatos com intelectuais de todos os lados do espectro político: a sua comitiva incluía o direito de asa Dan Botta e Mircea Vulcănescu , o Petrescu não-política e Ionel Jianu , e Belu Zilber , que era um membro do ilegal Partido Comunista romeno . [ 36 ]
O grupo também incluiu Haig Acterian , Mihail Polihroniade , Petru Comarnescu , Marietta Sadova e Floria Capsali . [ 30 ]
Ele também estava perto de Marcel Avramescu , um ex- surrealista escritor a quem apresentou as obras de René Guénon . [ 37 ] Um médico na Cabala e futuro Ortodoxa Romena clérigo, Avramescu juntou Eliade na edição do curta esotérico revista Memra (o apenas um de seu tipo na Roménia).
[ 38 ] Entre os intelectuais que participaram de suas palestras eram Mihail Sora (a quem ele considerava seu aluno favorito), Eugen Schileru e Miron Constantinescu conhecido mais tarde como, respectivamente, um filósofo, um crítico de arte, e uma figura sociólogo e político do comunista regime . [ 27 ] Mariana Klein , que se tornou esposa de Sora, foi um dos estudantes do sexo feminino Eliade, e mais tarde o autor de obras em sua bolsa de estudos. [ 27 ]
Eliade relatou mais tarde que ele próprio recrutou Zilber como Cuvântul contribuinte, a fim de que a prestar um marxista perspectiva sobre as questões discutidas pela revista. [ 36 ] A relação azedou em 1935, quando o último acusado publicamente Eliade de servir como um agente da polícia secreta, Siguranţa Statului (Sebastian respondeu a declaração, alegando que Zilber foi ele próprio um agente secreto, e este último finalmente retirou sua reclamação). [ 36 ]
transição política 1930
Artigos Eliade, antes e depois de sua adesão aos princípios da Guarda de Ferro (ou, como geralmente era conhecida na época, o Movimento Legionário ), começando com sua famosa Itinerar espiritual ("Itinerário Espiritual", serializada na Cuvântul em 1927), centro em vários ideais políticos defendidos pela extrema direita.
Eles mostrou sua rejeição de liberalismo e os modernizadores objetivos da revolução Wallachian 1848 (percebida como "um pedido de desculpas abstrato da humanidade" [ 39 ] e "macaco-como imitação de [ocidental] Europa"), [ 40 ] , bem como para a democracia si (acusando-a de "gerir para esmagar qualquer tentativa de renascimento nacional", [ 41 ] e mais tarde elogiando Benito Mussolini 's Itália fascista alegando que, de acordo com Eliade, "[na Itália], aquele que pensa por si mesmo é promovido para o mais alto cargo no mais curto espaço de tempo "). [ 41 ] Ele aprovou um étnica nacionalista estado centrado na Igreja Ortodoxa (em 1927, apesar de seu interesse ainda vivas na Teosofia , ele recomendou jovens intelectuais "o retorno à Igreja "), [ 42 ] que ele se opôs, entre outros, o secular nacionalismo de Constantin Rădulescu-Motru ; [ 43 ] referindo-se a este ideal particular como "Romanianism", Eliade era, em 1934, ainda vendo-o como "nem fascismo, nem chauvinismo ". [ 44 ]
Eliade foi especialmente satisfeito com a incidência de desemprego entre os intelectuais, cujas carreiras no estado-financiados instituições haviam se tornado incerto pela Grande Depressão . [ 45 ]
Em 1936, Eliade foi o foco de uma campanha na imprensa extrema direita, sendo alvo de o autor de " pornografia "em sua Domnişoara Christina e şi Isabel apele diavolului (acusações semelhantes foram destinadas a outras figuras culturais, incluindo Tudor Arghezi e Bogza Geo ) . [ 46 ] As avaliações do trabalho de Eliade foram em nítido contraste com uma outra: também em 1936, Eliade aceitou um prêmio da Sociedade de Escritores romenas , de que ele tinha sido um membro desde 1934. [ 47 ] No verão de 1937, através de um decisão oficial, que veio como resultado das acusações, e apesar dos protestos estudantis, ele foi destituído de seu cargo na Universidade. [ 48 ]
Eliade decidiu processar o Ministério da Educação , pedindo uma compensação simbólica de 1 leu . [ 49 ] Ele ganhou o julgamento, e recuperou sua posição como assistente de Nae Ionescu. [ 49 ]
No entanto, em 1937, deu o seu apoio intelectual para a Guarda de Ferro, em que ele viu "um cristão revolução que visa criar um novo Roménia ", [ 50 ] e um grupo capaz de "conciliar Roménia com Deus". [ 50 ] Sua artigos da época, publicados em jornais da Guarda de Ferro, como Sfarmă Piatra e Vestire Buna , contêm elogios ampla de líderes do movimento ( Corneliu Zelea Codreanu , Ion Mota , Vasile Marin , e Gheorghe Cantacuzino-Grănicerul ). [ 51 ] [ 52 ] A transição ele passou foi semelhante à dos seus colegas de geração de membros e colaboradores próximos entre as notáveis exceções a esta regra foram Petru Comarnescu , o sociólogo Henri H. Stahl e futuro dramaturgo Eugène Ionesco , assim como Sebastian. [ 53 ]
Ele eventualmente inscritos no pentru Totul Tara ("Tudo pela pátria" Party), a expressão política da Guarda de Ferro, [ 3 ] [ 54 ] e contribuiu para a sua campanha eleitoral 1937 no Condado de Prahova , como indicado pela sua inclusão em um lista de membros do partido com condado de nível de responsabilidades (publicado em Buna Vestire ). [ 54 ]
Internamento e serviço diplomático
A postura tomada por Eliade resultou em sua prisão em 14 de julho 1938, após uma operação contra a Guarda de Ferro autorizado pelo rei Carol II . No momento de sua prisão, ele tinha acabado interrompeu uma coluna na Provincia şi legionarismul ("A Província e Ideologia Legionário") em Vremea , tendo sido escolhido por o primeiro-ministro Armand Călinescu como autor de Guarda de Ferro propaganda . [ 55 ]
Eliade foi mantido por três semanas em uma cela no Statului Siguranţa Sede, em uma tentativa de tê-lo assinar uma "declaração de dissociação" com a Guarda de Ferro, mas ele se recusou a fazê-lo. [ 56 ] Na primeira semana de agosto, foi transferido para um acampamento improvisado em Miercurea-Ciuc . Quando Eliade começou a tossir sangue em outubro de 1938, ele foi levado para uma clínica em Moroeni . [ 56 ] Eliade foi simplesmente lançado em 12 de novembro, e, posteriormente, passou seu tempo escrevendo sua peça Ifigênia (também conhecido como Ifigenia ). [ 30 ] Em abril de 1940, com a ajuda de Alexandru Rosetti , tornou-se o Adido Cultural para o Reino Unido , um corte curto quando postagem romeno-britânicos Relações Exteriores foram quebrados. [ 56 ]
Depois de deixar Londres, ele foi atribuído o cargo de Advogado e Assessor de Imprensa (mais tarde Adido Cultural) para a Embaixada da Roménia em Portugal , [ 26 ] [ 57 ] [ 58 ] [ 59 ] , onde foi mantido como diplomata do Estado Nacional Legionário ( o governo Guarda de Ferro) e, finalmente, por Ion Antonescu regime. Seu escritório envolvido divulgar propaganda em favor do Estado romeno. [ 26 ] Em fevereiro de 1941, semanas após a sangrenta rebelião legionário foi esmagado por Antonescu, Ifigênia foi encenada pelo Teatro Nacional de Bucareste -o jogar dúvidas levantadas logo que devidos inspiração para a ideologia Guarda de Ferro, e mesmo que a sua inclusão no programa foi uma tentativa de subversão legionário. [ 30 ]
Em 1942, um volume de Eliade autoria em louvor ao Estado Novo , instituído em Portugal por António de Oliveira Salazar , [ 59 ] [ 60 ] [ 61 ] afirmando que "O Estado salazarista, um cristão e totalitário um, é o primeiro e mais importante base sobre o amor ". [ 60 ] Em 7 de julho do mesmo ano, ele foi recebido pelo próprio Salazar, que atribuiu a tarefa de Eliade alertando Antonescu para retirar o Exército Romeno da Frente Oriental ("[Em seu lugar], eu não faria ser triturados em Rússia "). [ 62 ] Eliade também alegou que tais contatos com o líder de um país neutro tinha feito a meta para Gestapo vigilância, mas que ele tinha conseguido comunicar o conselho de Salazar para Mihai Antonescu , Roménia Ministro dos Negócios Estrangeiros . [ 19 ] [ 62 ]
No Outono de 1943, ele viajou para a França ocupada , onde ele voltou Emil Cioran , também estudioso reunião com Georges Dumézil e colaboracionista escritor Paul Morand . [ 26 ] Ao mesmo tempo, ele se candidatou para uma posição de professor na Universidade de Bucareste , mas retirou-se da corrida, deixando Constantin Noica e Ion Zamfirescu para disputar a posição, na frente de um painel de acadêmicos compreendendo Lucian Blaga e Dimitrie Gusti (seleção eventual Zamfirescu, indo contra a recomendação Blaga, era para ser o tema de uma controvérsia). [ 63 ] Em suas anotações particulares, Eliade escreveu que ele não teve mais interesse no escritório, porque as suas visitas ao estrangeiro havia convencido de que ele tinha "algo grande para dizer", e que ele não poderia funcionar dentro dos limites do "menor de idade cultura ". [ 26 ] Além disso, durante a guerra, Eliade viajou para Berlim , onde conheceu e conversou com polêmico teórico político Carl Schmitt , [ 6 ] [ 26 ] e frequentemente visitados franquista Espanha , onde participou de 1944 nomeadamente Lusitano-científica espanhola congresso em Córdoba . [ 26 ] [ 64 ] [ 65 ] Foi durante suas viagens à Espanha que Eliade reuniu filósofos José Ortega y Gasset e Eugeni d'Ors . Ele manteve uma amizade com Ors d', e encontrou-o novamente em várias ocasiões depois da guerra. [ 64 ]
Nina Eliade caiu doente com câncer de útero e morreu durante a sua estadia em Lisboa , no final de 1944. Como o viúvo escreveu mais tarde, a doença provavelmente foi causada por um aborto procedimento ela havia sofrido em um estágio inicial de seu relacionamento. [ 26 ] Ele veio a sofrer com depressão clínica , o que aumentou a Roménia e seus eixos aliados sofreram grandes derrotas no Frente Oriental. [ 26 ] [ 65 ] Contemplando um retorno para a Roménia como um soldado ou um monge , [ 26 ] ele estava em uma busca contínua de eficazes antidepressivos , medicar-se com a flor da paixão extrato, e, eventualmente, com a metanfetamina . [ 65 ] Este provavelmente não era a sua primeira experiência com as drogas: vaga menciona em seus cadernos ter sido interpretada como indicação de que Mircea Eliade estava tomando ópio durante suas viagens para Calcutá . [ 65 ] Mais tarde, discutir as obras de Aldous Huxley , Eliade escreveu que os britânicos uso autor da mescalina como fonte de inspiração tinha algo em comum com a sua própria experiência, indicando 1945 como uma data de referência e acrescentando que era "desnecessário explicar por que isso acontece".
exílio precoce
Na sinais de que o regime comunista romeno estava prestes a tomar posse, Eliade optou por não retornar ao país. Em 16 de setembro de 1945, ele se mudou para a França com sua filha adotiva Giza. [ 2 ] [ 26 ] Uma vez lá, ele retomou contatos com Dumézil, que o ajudou a recuperar sua posição no meio acadêmico. [ 6 ] Sobre a recomendação Dumézil, ele ensinou em da École Pratique des Hautes Études , em Paris . [ 27 ] Estima-se que, na época, não era incomum para ele trabalhar 15 horas por dia. [ 22 ] Eliade casado pela segunda vez, para o exílio romeno Christinel Cotescu. [ 6 ] [ 66 ] Sua segunda esposa, descendente de boiardos , era a irmã-de-lei do prestigiado maestro Ionel Perlea . [ 66 ]
Junto com Emil Cioran e expatriados romenos outros, Eliade reuniu com o ex-diplomata Alexandru Busuioceanu , ajudando-o a divulgar anti-comunista parecer à Europa Ocidental público. [ 67 ] Ele também foi brevemente envolvido na publicação de uma revista no idioma romeno, intitulado Luceafărul ( "Estrela da Manhã"), [ 67 ] e foi novamente em contato com Mihail Sora , que havia sido concedida uma bolsa para estudar na França, e pela esposa de Sora Mariana . [ 27 ] Em 1947, ele estava enfrentando restrições de materiais, e Ananda Coomaraswamy encontrou um trabalho como língua francesa professor no Estados Unidos , em uma escola no Arizona ;. a disposição terminou com a morte Coomaraswamy em setembro [ 24 ]
A partir de 1948, ele escreveu para o jornal Crítica , editada pelo pensador francês Georges Bataille . [ 2 ] No ano seguinte, ele foi em uma visita à Itália, onde escreveu as primeiras 300 páginas de seu romance Noaptea de Sânziene (ele visitou o país pela terceira vez em 1952). [ 2 ] Ele colaborou com Carl Jung e da Eranos círculo depois Henry Corbin recomendou-lhe, em 1949, [ 24 ] e escreveu para o Antaios revista (editada por Ernst Jünger ). [ 22 ] Em 1950, Eliade começou a frequentar Eranos conferências, atendendo Jung, Olga Fröbe-Kapteyn , Gershom Scholem e Paulo Radin . [ 68 ] Ele descreveu Eranos como "uma das experiências mais criativas culturais do mundo ocidental moderno". [ 69 ]
Em outubro de 1956, ele se mudou para os Estados Unidos, estabelecendo-se em Chicago no ano seguinte. [ 2 ] [ 6 ] Ele havia sido convidado por Joachim Wach para dar uma série de palestras na instituição Wach da casa, a Universidade de Chicago . [ 69 ] Eliade e Wach são geralmente admitido a ser os fundadores da "escola de Chicago" que, basicamente, definiu o estudo das religiões para a segunda metade do século 20. [ 70 ] Após a morte de Wach, antes das palestras foram entregues, Eliade foi nomeado como seu substituto , tornando-se, em 1964, o Sewell Avery Distinguished Service Professor de História das Religiões . [ 2 ] A partir de 1954, com a primeira edição de seu volume no Eterno Retorno , Eliade também obteve sucesso comercial: o livro passou por várias edições em diferentes títulos, que vendeu mais de 100.000 cópias. [ 71 ]
Em 1966, Mircea Eliade tornou-se membro da Academia Americana de Artes e Ciências . [ 2 ] Ele também trabalhou como editor-chefe da Macmillan Publishers ' Enciclopédia da Religião , e, em 1968, lecionou na história religiosa na Universidade de Califórnia, Santa Barbara . [ 72 ] Foi também durante esse período que Mircea Eliade completou sua volumosa e influente História das Ideias Religiosas , que reunia os resumos de seus principais interpretações originais de história religiosa. [ 6 ] Ele ocasionalmente viajou para fora do Estados Unidos, nomeadamente participantes do Congresso de História das Religiões, em Marburg (1960) e visitando a Suécia e Noruega (1970).
Anos finais e morte
Inicialmente, Eliade foi atacado com virulência pelo comunista romeno Partido imprensa, principalmente por Romania Libera , que o descreveu como "ideólogo da Guarda de Ferro, inimigo da classe trabalhadora , apologista da ditadura de Salazar ". [ 73 ] No entanto, o regime também fez tentativas secretas para pedir sua e apoio Cioran: Haig Acterian a viúva, diretor de teatro Marietta Sadova , foi enviado para Paris, a fim de restabelecer contatos com os dois. [ 74 ] Embora o movimento foi planejado por funcionários romenos, seus encontros foram para ser usado como prova incriminatória-la em um 1960 fevereiro julgamento por traição (onde Constantin Noica e Dinu Pillat foram os principais réus). [ 74 ] polícia secreta da Romênia, a Securitate , também retratado Eliade como um espião para os britânicos do Serviço Secreto de Inteligência e um ex-agente da Gestapo. [ 75 ]
Ele foi lentamente reabilitada no início casa no início dos anos 1960, sob o governo de Gheorghe Gheorghiu-Dej . [ 76 ] Na década de 1970, Eliade foi abordado pelo Nicolae Ceausescu regime de várias maneiras, a fim de tê-lo de volta. [ 6 ] A mudança foi motivada pelo nacionalismo oficialmente sancionada e reivindicação da Roménia para a independência do Bloco de Leste , como ambos os fenômenos veio ver o prestígio de Eliade como um ativo. Um evento sem precedentes ocorreu com a entrevista que lhe foi concedido por Mircea Eliade ao poeta Adrian Paunescu , durante a visita deste último de 1970 a Chicago; Eliade elogiou o ativismo Paunescu e seu apoio a princípios oficiais, manifestando a convicção de que
a juventude da Europa Oriental é claramente superior à da Europa Ocidental. [...] Estou convencido de que, dentro de dez anos, a geração jovem revolucionário não deve ser comportar como faz hoje a minoria barulhenta de contesters ocidentais . [...] Oriental juventude ter visto a abolição das instituições tradicionais, tenham aceite [...] e ainda não estão satisfeitos com as estruturas impostas, mas sim procurar melhorá-los. [ 77 ]
Visita Paunescu de Chicago foi seguido por aqueles do nacionalista oficial escritor Eugen Barbu e pelo amigo de Eliade Constantin Noica (que já foi liberado da prisão). [ 52 ] Na época, Eliade contemplado voltar para a Romênia, mas acabou convencido por companheiros intelectuais romenos no exílio (incluindo Radio Free Europe "s Ierunca Virgílio e Lovinescu Monica ) para rejeitar propostas comunistas. [ 52 ] Em 1977, ele se juntou a outros intelectuais exilados romenos na assinatura de um telegrama protestando contra as medidas repressivas impostas pelo novo regime de Ceausescu. [ 3 ] Escrevendo em 2007, o antropólogo romeno Andrei Oişteanu contou como, por volta de 1984, a Securitate sem sucesso pressionados a se tornar um agente de influência no círculo de Eliade de Chicago. [ 78 ]
Durante seus últimos anos, passado fascista de Eliade foi progressivamente expostas publicamente, o stress de que provavelmente contribuiu para o declínio de sua saúde. [ 3 ] Até então, sua carreira de escritor foi dificultada pela grave artrite . [ 27 ] As honras últimos acadêmicas concedidas a ele estavam a Academia Francesa do Prêmio Bordin (1977) eo título de Doutor Honoris Causa , concedido pela Universidade de Washington (1985). [ 2 ]
Mircea Eliade morreu no Hospital Mitchell Bernard em abril de 1986. Oito dias antes, ele sofreu um acidente vascular cerebral durante a leitura de Emil Cioran 's Exercícios de Admiração , e teve posteriormente perdeu sua função de fala. [ 8 ] Quatro meses antes, um incêndio destruiu parte de seu escritório na Escola Teológica Meadville Lombard (um evento que ele havia interpretado como um presságio ). [ 3 ] [ 8 ] romeno Eliade discípulo Ioan Petru Culianu , que lembrou a reação da comunidade científica com a notícia, descreveu a morte de Eliade como "um mahaparanirvana ", assim, comparando-a com a passagem de Gautama Buda . [ 8 ] Seu corpo foi cremado , em Chicago, ea cerimônia fúnebre foi realizada no terreno da universidade, na Capela Rockefeller . [ 2 ] [ 8 ] Ele foi assistido por 1.200 pessoas, e incluiu uma leitura pública do texto Eliade, no qual ele recordou a epifania de sua infância-a palestra foi dada pelo escritor Saul Bellow , colega de Eliade na Universidade.
Trabalho
A natureza geral da religião
Em seu trabalho sobre a história da religião, Eliade é mais respeitado por seus escritos sobre alquimia , [ 79 ] Xamanismo , Yoga e que ele chamou de eterno retorno , a crença implícita, supostamente presente no pensamento religioso em geral, que o comportamento religioso é não apenas uma imitação de, mas também uma participação em eventos sagrados, e, assim, restaura o tempo mítico das origens. Pensamento de Eliade foi em parte influenciado por Rudolf Otto , van Gerardus der Leeuw , Ionescu Nae e os escritos da Escola Tradicionalista ( René Guénon e Julius Evola ). [ 37 ] Por exemplo, Eliade O Sagrado eo Profano parcialmente baseia Otto A Idéia do Santo para mostrar como a religião emerge da experiência do sagrado, e os mitos do tempo e da natureza.
Eliade é conhecido por sua tentativa de encontrar largas, inter-culturais paralelos e unidades na religião, particularmente em mitos. Wendy Doniger , colega de Eliade, de 1978 até sua morte, observa que "Eliade defendeu corajosamente para universais de onde ele possa com mais segurança têm defendido padrões amplamente predominantes ". [ 80 ] Seu tratado sobre a História das Religiões foi elogiado pelo francês filólogo Georges Dumézil por sua coerência e capacidade de sintetizar mitologias diversas e distintas. [ 81 ]
Robert Ellwood descreve a abordagem de Eliade à religião como segue. Eliade aproxima religião imaginando um ideal "pessoa religiosa", a quem ele chama de homo religiosus em seus escritos. Teorias de Eliade basicamente descrever como este homo religiosus seria ver o mundo. [ 82 ] Isso não significa que todos os praticantes religiosos, na verdade, pensar e agir como homo religiosus . Em vez disso, significa que o comportamento religioso ", diz através de sua própria língua" que o mundo é como homo religiosus iria vê-lo, ou não os participantes da vida real no comportamento religioso está ciente disso. [ 83 ] No entanto, as notas Ellwood que Eliade "tende a deslizar sobre essa qualificação passado", o que implica que as sociedades tradicionais, na verdade, pensava como homo religiosus .
o sagrado eo profano
Moisés tirar os sapatos na frente da sarça ardente (ilustração de uma edição do século 16 da Humanae Speculum Salvationis ).
Eliade argumenta que o pensamento religioso em restos gerais sobre uma nítida distinção entre o sagrado eo profano; [ 84 ] se ele toma a forma de Deus, deuses ou antepassados míticos, a Sagrada contém todas as "realidade", ou valor, e outras coisas adquirir a "realidade" apenas na medida em que eles participam do sagrado. [ 85 ]
Entendimento de Eliade de centros religião sobre o seu conceito de hierofania (manifestação do sagrado), um conceito que inclui, mas não está limitado a, o conceito mais antigo e mais restritiva de teofania (manifestação de um deus). [ 86 ] Do ponto de vista pensamento religioso, Eliade argumenta, hierofanias dar estrutura e orientação para o mundo, estabelecendo uma ordem sagrada. O espaço "profano" da experiência nonreligious só pode ser dividida geometricamente:. Que não tem nenhum "diferenciação qualitativa e, consequentemente, nenhuma orientação [se] dado por virtude da sua estrutura inerente" [ 87 ] Assim, o espaço profano dá ao homem sem um padrão por seu comportamento. Em contraste com o espaço profano, o local de uma hierofania tem uma estrutura sagrada a que o homem religioso conforma-se. A quantidade hierofania para uma "revelação de uma realidade absoluta, contra a não-realidade da vasta extensão ao redor". [ 88 ] Como exemplo de " espaço sagrado ", exigindo uma resposta certa do homem, Eliade dá a história de Moisés travar antes de Javé 's manifestação como uma sarça ardente ( Êxodo 3:5) e tirando os sapatos.
mitos de origem e tempo sagrado
Notas Eliade que, nas sociedades tradicionais, o mito representa a verdade absoluta sobre o tempo primordial. [ 90 ] De acordo com os mitos, este foi o momento em que o primeiro Sagrado apareceu, que institui o mundo-estrutura mitos reivindicar para descrever os acontecimentos primordiais que fizeram a sociedade eo mundo natural ser o que eles são. Eliade argumenta que todos os mitos são, nesse sentido, os mitos de origem: "o mito, então, é sempre uma conta de uma criação ". [ 91 ]
Muitas sociedades tradicionais acreditam que o poder de uma coisa está em sua origem. [ 92 ] Se origem é equivalente ao poder, em seguida, que "é a primeira manifestação de uma coisa que é importante e válida" [ 93 ] (a realidade de uma coisa e valor portanto, está apenas na sua primeira aparição).
Segundo a teoria de Eliade, só a Sagrada tem valor, apenas a primeira aparição de uma coisa tem valor e, portanto, apenas a primeira aparição do Sagrado tem valor. Mito descreve a primeira aparição do Sagrado do, portanto, a idade mítica é tempo sagrado, [ 90 ] o tempo apenas de valor: "o homem primitivo estava interessado apenas nos começos [...] para ele pouco importava o que tinha acontecido com ele, ou para outros como ele, em tempos mais ou menos distante ". [ 94 ] Eliade postulado esta como a razão para a " saudade das origens "que aparece em muitas religiões, o desejo de retornar a um primordial Paraíso .
eterno retorno e "terror da história"
Ver artigo principal: Eterno Retorno (Eliade)
Eliade argumenta que o homem tradicional atribui nenhum valor para a marcha linear de eventos históricos: apenas os eventos da época mítica têm valor. Para dar a sua própria vida valor, o homem realiza tradicional mitos e rituais. Porque a essência do Sagrado reside apenas na idade mítica, apenas na primeira aparição do Sagrado, qualquer aparência mais tarde é na verdade a primeira aparição; contando ou re-promulgação míticos eventos, mitos e rituais "re-atualizam" esses eventos. [ 95 ] Eliade freqüentemente usa o termo " arquétipos "para se referir aos modelos míticos estabelecidos pela Sagrada, embora o uso de Eliade do termo deve ser distinto do uso do termo na psicologia junguiana . [ 96 ]
Assim, argumenta Eliade, o comportamento religioso não só comemorar, mas também participa de eventos, sagrados:
Em imitando os atos exemplares de um deus ou de um herói mítico, ou simplesmente contar suas aventuras, o homem de uma sociedade arcaica destaca-se do tempo profano e magicamente re-entra no Grande Tempo, o tempo sagrado. [ 90 ]
Eliade chamou este conceito o " eterno retorno "(distinguido do conceito filosófico de "eterno retorno" ). Wendy Doniger observou que a teoria de Eliade do eterno retorno "tornou-se um truísmo no estudo das religiões". [ 1 ]
Eliade atribui a conhecida visão "cíclica" do tempo no pensamento antigo da crença no eterno retorno. Por exemplo, os de Ano Novo cerimônias entre os mesopotâmios , o egípcios e outros do Oriente Próximo povos re-promulgada seus cosmogônicos mitos. Portanto, pela lógica do eterno retorno, cada cerimônia de Ano Novo foi o começo do mundo para esses povos. De acordo com Eliade, esses povos sentiram a necessidade de voltar ao início, em intervalos regulares, transformando o tempo em um círculo. [ 97 ]
Eliade argumenta que desejo de permanecer na idade mítica causa um "terror da história": o homem tradicional deseja escapar da sucessão linear de eventos (que, Eliade indicado, ele via como vazio de qualquer valor inerente ou sacralidade). Eliade sugere que o abandono do pensamento mítico e da plena aceitação do tempo linear, histórico, com o seu "terror", é uma das razões para angústias do homem moderno. [ 98 ] As sociedades tradicionais escapar essa ansiedade até certo ponto, como eles se recusam a completamente reconhecer o tempo histórico.
coincidentia oppositorum
Eliade afirma que muitos mitos, rituais e experiências místicas envolvem uma "coincidência de opostos", ou coincidentia oppositorum . Na verdade, ele chama a coincidentia oppositorum "o padrão mítico". [ 99 ] Muitos mitos, notas Eliade, "nos apresentam uma revelação dupla":
que expressam, por um lado a oposição diametral de duas figuras divinas arqueadas de um e o mesmo princípio e destinada, em muitas versões, para reconciliar em alguns tempus illud de escatologia, e por outro lado, o oppositorum coincidentia na natureza a divindade, que se mostra, por turnos ou até mesmo simultaneamente, benevolentes e terrível, criativo e destrutivo, solar e serpentina, e assim por diante (em outras palavras, reais e potenciais). [ 100 ]
Eliade argumenta que "o Senhor é tanto tipo e irado, o Deus dos místicos cristãos e teólogos é terrível e suave ao mesmo tempo". [ 101 ] Ele também achava que o indiano e chinês místico tentou alcançar "um estado de perfeita indiferença e neutralidade "que resultou em uma coincidência de opostos em que" o prazer ea dor, desejo e repulsa, frio e calor [...] são expurgados de sua consciência ". [ 101 ]
De acordo com Eliade, a coincidentia oppositorum recurso "reside na" profunda insatisfação do homem com sua situação atual, com o que é chamado de condição humana ". [ 102 ] Em muitas mitologias, o fim da era mítica envolve uma "queda", um fundamental " ontológica mudança na estrutura do mundo ". [ 103 ] Porque a coincidentia oppositorum é uma contradição, ela representa uma negação da estrutura atual do mundo lógico, uma reversão da "queda".
Além disso, a insatisfação homem tradicional, com a idade pós-mítica expressa-se como uma sensação de estar "rasgado e separado". [ 102 ] Em muitas mitologias, a idade perdida mítica era um paraíso ", um estado paradoxal no qual os contrários existem lado a lado, sem conflitos, e as multiplicações formar aspectos de uma unidade misteriosa ". [ 103 ] A coincidentia oppositorum expressa um desejo de recuperar a unidade perdida do paraíso mítico, pois apresenta a reconciliação dos opostos ea unificação da diversidade:
No nível de pré-sistemática do pensamento, o mistério da totalidade incorpora esforço do homem para chegar a uma perspectiva em que os contrários são abolidas, o Espírito do Mal se revela como um estimulante do Bem, e Demônios aparecem como o aspecto noite dos Deuses.
Exceções à natureza geral
O Juízo Final (detalhe) no século 12 mosaico bizantino em Torcello .
Eliade reconhece que não todo o comportamento religioso tem todos os atributos descritos na sua teoria do tempo sagrado e do eterno retorno. O zoroastrismo , judaica , cristã e muçulmana tradições abraçar o tempo linear, histórico, sagrado ou capaz de santificação, enquanto algumas tradições orientais em grande parte rejeitam a noção de tempo sagrado, buscando escapar dos ciclos de tempo .
Porque contêm rituais, judaísmo e cristianismo, necessariamente, Eliade argumenta-manter um senso de tempo cíclico:
pelo fato de que é uma religião , o cristianismo teve que manter pelo menos um aspecto mítico- litúrgica Tempo, isto é, a redescoberta periódica dos tempus illud dos começos [e] uma imitação do Cristo como modelo exemplar . [ 104 ]
No entanto, o Judaísmo eo Cristianismo não ver o tempo como um círculo sem fim girando sobre si mesma, nem eles vêem tal ciclo como desejável, como forma de participar do Sagrado. Em vez disso, essas religiões abraçar o conceito de história linear progredindo para a Idade Messiânica ou o Juízo Final , iniciando assim a idéia de "progresso" (os seres humanos são para trabalhar para um paraíso no futuro). [ 105 ] No entanto, a compreensão de Eliade de judaico -cristã escatologia também pode ser entendido como cíclico em que o "fim dos tempos" é um retorno a Deus:. "A catástrofe final irá colocar um fim à história, portanto, vai restaurar o homem para a eternidade e bem-aventurança" [ 106 ]
O pré- islâmica persa religião do zoroastrismo, que fez uma "contribuição para a formação religiosa do Ocidente" notável, [ 107 ] também tem um sentido linear do tempo. De acordo com Eliade, os hebreus tinham um sentido linear do tempo antes de ser influenciado pelo zoroastrismo. [ 107 ] Na verdade, Eliade identifica os hebreus, não os zoroastrianos, como a primeira cultura verdadeiramente "valorizar" o tempo histórico, o primeiro a ver todos grandes eventos históricos como episódios de uma revelação contínua divina. [ 108 ] No entanto, argumenta Eliade, o judaísmo elaborou sua mitologia do tempo linear, adicionando elementos emprestados do zoroastrismo, incluindo dualismo ético , uma figura salvadora, a futura ressurreição do corpo, e os idéia de progresso em direção cósmica "o triunfo final do bem". [ 107 ]
As religiões Dharmic do Oriente geralmente reter uma vista cíclico de tempo de, por exemplo, o Hindu doutrina de kalpas . De acordo com Eliade, a maioria das religiões que aceitam a visão cíclica do tempo também abraçá-lo: eles vêem isso como uma maneira de voltar para o tempo sagrado. No entanto, no budismo , jainismo e algumas formas de hinduísmo, o Sagrado se encontra fora do fluxo do mundo material (chamado de maya , ou "ilusão"), e só se pode chegar por fugir dos ciclos de tempo. [ 109 ] Porque a Sagrada está fora do tempo cíclico, que as condições de seres humanos, as pessoas só podem chegar ao Sagrado por escapar da condição humana . De acordo com Eliade, Yoga técnicas visam escapar das limitações do corpo, permitindo que a alma ( atman ) a subir acima maya e alcançar o sagrado ( nirvana , moksha ). A aparência de "liberdade", e de morte para um corpo velho e renascimento com um novo corpo, ocorrem com freqüência nos textos de Yoga, representando fuga da escravidão da condição temporal humana. [ 110 ] Eliade discute esses temas em detalhes no Yoga: Imortalidade e Liberdade .
Simbolismo do Centro
Ver artigo principal: Axis Mundi
A Árvore Cósmica Yggdrasill , como descrito em um século 17 islandês em miniatura.
Um tema recorrente na análise de Eliade mito é o axis mundi , o centro do mundo. De acordo com Eliade, o Centro Cósmico é um corolário necessário para a divisão da realidade no sagrado e do profano. O Sagrado contém todo o valor, e para o mundo objetivo ganhos e significado somente através hierofanias:
No espaço homogêneo e infinito, em que nenhum ponto de referência é possível e, portanto, nenhuma orientação é estabelecida, a hierofania revela um ponto fixo absoluto, um centro.
Como o espaço profano dá ao homem nenhuma orientação para a sua vida, o Sagrado deve manifestar-se em uma hierofania, estabelecendo assim um local sagrado em torno do qual o homem pode orientar-se. O site de uma hierofania estabelece um "ponto fixo, um centro". [ 111 ] Este Centro abole a "homogeneidade e da relatividade do espaço profano", [ 87 ] para que se torne "eixo central para toda a orientação futura".
Uma manifestação do sagrado no espaço profano é, por definição, um exemplo de algo rompendo de um plano de existência para outro. Portanto, a hierofania inicial que estabelece o Centro deve ser um ponto em que há contato entre diferentes planos-este, Eliade argumenta, explica o imaginário mítico freqüente de uma Árvore Cósmica ou do Pilar juntar Céu, da Terra e do submundo .
Eliade observou que, quando as sociedades tradicionais encontrou um novo território, que muitas vezes executar rituais de consagração que reenact a hierofania que estabeleceu o Centro e fundou o mundo. Além disso, os projetos de edifícios tradicionais, especialmente templos, geralmente imitar a imagem mítica do eixo mundi une os diferentes níveis cósmicos. Por exemplo, os babilônicos zigurates foram construídos para se assemelhar a montanhas cósmicas que atravessam as esferas celestes, ea rocha do templo de Jerusalém deveria alcançar em profundidade o tehom , ou águas primordiais.
De acordo com a lógica do eterno retorno , o site de cada Centro, tais simbólica vai ser realmente o centro do mundo:
Pode-se dizer, em geral, que a maioria das árvores sagradas e rituais que nos reunimos com a história das religiões são apenas réplicas, cópias imperfeitas deste arquétipo exemplar, a Árvore Cósmica. Assim, todas essas árvores sagradas são pensados como situado no Centro do Mundo, e todas as árvores rituais ou posts [...] são, por assim dizer, magicamente projetados no Centro do Mundo.
Segundo a interpretação de Eliade, o homem religioso aparentemente sente a necessidade de viver não só próximo, mas no , o Centro mítico, tanto quanto possível, dado que o centro é o ponto de comunicação com o Sagrado.
Assim, Eliade argumenta, muitas sociedades tradicionais compartilhar contornos míticos comuns em suas geografias . No meio do mundo conhecido é o centro sagrado ", um lugar que é sagrado, acima de tudo"; [ 117 ] este âncoras Centro da ordem estabelecida. [ 87 ] em torno do centro sagrado está o mundo conhecido, o reino da ordem estabelecida; e além do mundo conhecido é um reino caótico e perigoso ", povoada por fantasmas, demônios, [e]" estrangeiros "(que estão [identificados com] os demônios e as almas dos mortos)". [ 118 ] De acordo com Eliade, tradicionais sociedades colocar seu mundo conhecido no Centro porque (a partir de sua perspectiva) seu mundo conhecido é o reino que obedece uma ordem reconhecível, e, portanto, deve ser o reino em que o sagrado se manifesta, as regiões além do mundo conhecido, que parecem estranhas e estrangeiros, deve estar muito longe do centro, fora da ordem estabelecida pelo Sagrado.
O Deus Alta
Veja também: Sky pai e Deus otiosus
De acordo com alguns "evolucionista" teorias da religião, especialmente a de Edward Burnett Tylor , culturas progresso naturalmente do animismo e politeísmo para o monoteísmo . [ 120 ] De acordo com esse ponto de vista, culturas mais avançadas devem ser mais monoteísta e culturas mais primitivas deve ser mais politeísta. No entanto, muitos dos mais "primitivos", pré-agrícolas sociedades acreditam em um supremo céu-deus . [ 121 ] Assim, de acordo com Eliade, pós-19 do século estudiosos rejeitou a teoria de Tylor de evolução a partir de animismo . [ 122 ] Com base na descoberta de supremos céu-deuses entre os "primitivos", suspeitos Eliade que os primeiros seres humanos adoravam um Ser Supremo celeste. [ 123 ] Em Padrões em Religião Comparada , ele escreve: "A oração mais popular do mundo é dirigida aos" Nossa Pai que está nos céus. " É possível que os primeiros orações do homem foram abordados para o mesmo pai celestial ". [ 124 ]
No entanto, Eliade discorda Wilhelm Schmidt , que achava que a primeira forma de religião era um monoteísmo estrito. Eliade descarta essa teoria de "monoteísmo primordial" ( Urmonotheismus ) como "rígida" e impraticável. [ 125 ] "No máximo", escreve ele, "esse esquema [teoria de Schmidt] torna uma conta do ser humano [religioso] evolução, desde o Paleolítico era ". [ 126 ] Se um Urmonotheismus existisse, Eliade acrescenta, provavelmente diferem em muitos aspectos das concepções de Deus em muitas modernas religiões monoteístas: por exemplo, o Deus primordial alta poderia manifestar-se como um animal, sem perder o seu estatuto de celestial Ser Supremo.
De acordo com Eliade, seres celestiais Supremos são realmente menos comum em culturas mais avançadas. [ 128 ] Eliade especula que a descoberta da agricultura trouxe uma série de deuses e deusas da fertilidade para a frente, fazendo com que o Supremo Ser celestial a desaparecer e eventualmente desaparecer muitas religiões antigas. [ 129 ] Mesmo em primitivas sociedades de caçadores-coletores, o Deus Alto é uma figura vaga e distante, habitando no alto do mundo. [ 130 ] Muitas vezes ele não tem culto e recebe oração apenas como um último recurso, quando todas as o resto falhou. [ 131 ] Eliade chama o Deus distante Alta um otiosus deus ("Deus ocioso").
Em sistemas de crenças que envolvem uma otiosus deus , o Deus distante Alta se acredita ter sido mais perto de seres humanos durante a idade mítica. . Após terminar suas obras de criação, o Deus Alto "abandonaram a terra e se retirou para o mais alto dos céus" [ 133 ] Este é um exemplo da Sagrada de distância da vida "profano", a vida vivida após a idade mítica: escapando da condição profano através de um comportamento religioso, figuras como o xamã retorno às condições da idade mítica, que incluem proximidade com o Alto Deus ("por seu vôo ou ascensão, o xamã [...] encontra o Deus do céu cara a cara e fala diretamente com ele, como homem, por vezes, fez em illo tempore "). [ 134 ] Os comportamentos xamânicas ao redor do alto Deus são um exemplo particularmente claro do eterno retorno.
Xamanismo
Visão geral
Um xamã realizar um cerimonial em Tuva .
Trabalho acadêmico Eliade inclui um estudo do xamanismo, Xamanismo: Técnicas arcaicas de êxtase , um levantamento de práticas xamânicas em diferentes áreas. Seus Mitos, Sonhos e Mistérios também aborda xamanismo em alguns detalhes.
No Xamanismo , Eliade defende um uso restritivo da palavra xamã : ele não deve aplicar-se apenas qualquer mago ou a medicina do homem , como que faria o termo redundante, ao mesmo tempo, ele argumenta contra a restrição do prazo para os praticantes do sagrada da Sibéria e da Ásia Central (que é de um dos títulos para essa função, ou seja, Saman , considerado por Eliade ser de Tungusic origem, que o próprio termo foi introduzido em línguas ocidentais). [ 135 ] Eliade define como um xamã segue:
acredita-se curar, como todos os médicos, e para realizar milagres do faquir tipo, como todos os mágicos [...] Mas, além disso, ele é um psicopompo , e ele também pode ser um sacerdote, místico e poeta. [ 136 ]
Se definirmos xamanismo desta forma, as reivindicações Eliade, descobrimos que o termo abrange uma coleção de fenômenos que compartilham um comum e única "estrutura" e "história". [ 136 ] (Quando assim definido, xamanismo tende a ocorrer em suas formas mais puras na caça e pastorais sociedades como as da Sibéria e da Ásia Central, que reverenciam um deus celeste High "no caminho para se tornar um deus otiosus ". [ 137 ] Eliade leva o xamanismo dessas regiões como seu exemplo mais representativo.)
Em seus exames de xamanismo, Eliade enfatiza atributo do xamã de recuperar a condição do homem antes da "queda" de tempo sagrado: "A experiência mais representativa mística das sociedades arcaicas, que de xamanismo, trai a nostalgia do paraíso , o desejo de recuperar o estado de liberdade e bem-aventurança antes "a queda". [ 134 ] Este. preocupação, o que, por si só, é a preocupação de quase todos os comportamentos religiosos, de acordo com Eliade-se manifesta de formas específicas de xamanismo.
Morte e ressurreição funções secundárias
De acordo com Eliade, um dos temas mais comuns é xamânicas suposta morte do xamã e ressurreição . Isso ocorre, em especial, durante sua iniciação . [ 138 ] Muitas vezes, o procedimento deve ser realizado por espíritos que desmembrar o xamã e tira a carne de seus ossos, em seguida, colocá-lo de volta juntos e reanimá-lo. Em mais de uma maneira, esta morte e ressurreição representa elevação do xamã acima da natureza humana.
Primeiro, o xamã morre para que ele possa elevar-se acima da natureza humana em um nível bastante literal. Depois que ele foi desmembrado pelos espíritos de iniciação, que muitas vezes substituem seus órgãos antigos com os novos, os mágicos (o xamã morre para sua auto profano para que ele possa subir novamente como uma nova, santificado estar). [ 139 ] Em segundo lugar, por sendo reduzida até os ossos, o xamã experimenta renascimento em um nível mais simbólico: na caça muitos e as sociedades de massas, o osso representa a fonte da vida, para a redução a um esqueleto "é equivalente a reentrar no ventre desta vida primordial, isto é, para uma renovação completa, um renascimento místico ". [ 140 ] Eliade considera este retorno à fonte da vida, essencialmente equivalente ao eterno retorno.
Terceiro, o fenômeno xamanístico de morte e ressurreição repetiu também representa uma transfiguração de outras maneiras. O xamã morre vezes não uma, mas muitas: tendo morrido durante o início e ressuscitado com novos poderes, o xamã pode enviar o seu espírito de seu corpo em missões, assim, toda a sua carreira consiste de repetidas mortes e ressurreições. Nova habilidade do xamã para morrer e voltar a vida mostra que ele não é mais limitado pelas leis do tempo profano, em particular a lei da morte: "a capacidade de" morrer "e voltar à vida [...] denota que [ o] xamã já ultrapassou a condição humana ".
Tendo subido acima da condição humana, o xamã não é obrigado pelo fluxo da história. Por isso, ele gosta de as condições da idade mítica. Em muitos mitos, os seres humanos podem falar com animais e, depois de suas iniciações, muitos xamãs afirmam ser capazes de se comunicar com os animais. De acordo com Eliade, esta é uma manifestação do retorno do xamã aos " tempus illud descritos nos pelos mitos paradisíacos ".
O xamã pode descer ao submundo ou ascender ao céu, muitas vezes por escalar a Árvore do Mundo , o pilar cósmico, a escada sagrada, ou alguma outra forma de o axis mundi . [ 144 ] Muitas vezes, o xamã subirei ao céu para falar com o Deus Alto. Porque os deuses (particularmente o alto Deus, de acordo com Eliade otiosus deus conceito) estavam mais próximos de seres humanos durante a idade mítica, fácil comunicação do xamã com o Deus Alto representa uma abolição da história e um retorno à idade mítica.
Por causa de sua capacidade de se comunicar com os deuses e descer para a terra dos mortos, o xamã freqüentemente funciona como um psicopompo e um homem de medicina .
Assinar:
Postagens (Atom)