Deus na pós-modernidade?
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“O mundo está mudando: sinto isso na água, sinto isso na terra, farejo isso no ar” (Barbárvore, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei).
Quando sabemos que as transformações culturais estão ocorrendo, a nossa reação inicial pode ser uma tentativa de destacar os novos problemas e então ajustar os nossos ministérios para solucioná-los. Se não estamos vendo os jovens vindo para as igrejas hoje, talvez devamos apenas acrescentar algumas canções com outros ritmos na programação do louvor. Ou talvez se diminuirmos as luzes e acrescentarmos algumas velas, estaremos nos relacionando com esse tal de “pós-modernismo”, e as gerações emergentes irão retornar para as nossas igrejas. Entretanto, é inútil tentar consertar um elemento superficial sem saber qual é a causa. Temos que ser iguais aos homens de Issacar, que compreenderam o seu tempo e foram capazes de discernir o que deveriam fazer (1 Crônicas 12:32). [Esse parágrafo foi extraído de Dan Kimball, A igreja emergente: cristianismo clássico para as novas gerações (São Paulo: Editora Vida, 2008), p. 55.]
Neste artigo, vamos fazer um breve panorama da história ocidental e discutir as principais características do pós-modernismo. Descobriremos como podemos responder aos desafios pós-modernos e aproveitar suas oportunidades sem precedentes, tendo em vista que Deus está no controle da história.
Principais mudanças no pensamento e na cultura:
Mundo antigo (– 500 d.C.) | Mundo medieval (500 – 1500) | Mundo moderno (1500 – 1980) | Mundo pós-moderno (1980 –) | |
Centro | Deuses locais. | Deus (cristianismo). | Razão humana. | Não há centro. |
Verdade e cosmovisão | Cosmovisão regional. As divindades eram consideradas regionais e territoriais. | Cosmovisão judaico-cristã, centralizada em Deus. | Confiança centralizada no homem e na razão a fim de descobrir a verdade. | Visão autodeterminada e pluralista da cultura e da religião. Aceitam-se verdades e crenças conflitantes. |
Fonte da verdade | O poder e a fé estavam em reis, impérios e divindades locais. | O poder e a fé estavam na igreja. | O poder e a fé estavam na razão humana, na ciência e na lógica, que também era o fundamento para explicar e interpretar Deus. | O poder e a fé estão na experiência pessoal. |
Comunicação | Comunicação oral e registros históricos locais limitados. | Manuscritos e comunicação oral. | A imprensa transforma a comunicação. | Internet e mídia aceleram uma revolução na comunicação global. |
Autoridade | Revelação dada através de oráculos, poetas, reis e profetas. | A Bíblia, conforme compreendida pela igreja. A Bíblia não estava nas mãos do povo. | Razão, ciência e lógica. Para os cristãos, a autoridade estava na interpretação racional da Bíblia. | Desconfia-se de qualquer autoridade. A Bíblia está aberta a muitas interpretações e é apenas um entre muitos escritos religiosos. |
Tema | “Quem é o homem, para que com ele Te importes?” – Salmo 8:4 | “Creio para compreender.” – Anselmo (1033-1099) | “Conhecimento é poder.” – Francis Bacon“Penso, logo existo.” – René Descartes (1596-1650) | “Se isso faz você feliz, então não pode ser ruim.” – Sheryl Crow“Todo ponto de vista é a vista de um ponto.” |
Fonte: Adaptado de Kimball, A igreja emergente, p. 58.
Perguntas para discussão:
1. Por que a transição para a pós-modernidade está acontecendo em nossa época? Em que aspectos a (sua) igreja precisa mudar sua forma de atuação para falar de maneira relevante a esta nova era?
2. Quais pessoas, em seu círculo de amigos e parentes, conhecem melhor a mentalidade pós-moderna? Como elas podem ajudá-lo em seu objetivo de alcançar pessoas seculares?
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