SOMOS ÁTOMOS DE DEUS

SOMOS ÁTOMOS DE DEUS

sábado, 26 de setembro de 2009

SÍMBOLOS SAGRADOS INDÍGENAS








































SÍMBOLOS SAGRADOS DO CANDOMBLÉ E DA UMBANDA
































































SINCRETISMOS

Estes mesmo Santos - que haviam protegido os interesses dos negreiros e a vida de uma parte dos negros transportados - tiveram o bom senso de realizar, em seguida, um exame de consciência, do qual resultou um troca de posição: passaram a proteger os escravos, ajudando-os a mistificar os sues senhores...Talvez tivessem partilhado dos remorsos tardios do Padre Bartolomeu de las Casas o qual, levado pela piedosa intenção de preservar as vidas dos índios Caraíbas - tentativa, aliás, sem resultados... - desempenhou, no século XVI, o papel de instigador do tráfico transatlântico de negros. Aliás, este tráfico África-Europa já existia há bastante tempo. Espanha e Portugal se abasteciam, ainda que modestamente, de escravos mouros e negros provenientes da parte setentrional da África, ao longo da costa do Atlântico. Os estados barbarescos da África do Norte faziam precisamente o mesmo, capturando os infiéis ( nesta caso, os cristãos) e colocando estes "cães'a remar nos bancos das suas galeras. Em contrapartida, os porões das galeras dos reis cristãos estavam repletos de mouros.Mas, voltando aos Santos do Paraíso Católico, é certo que eles ajudaram os escravos a lograr e a despistar os seus senhores sobre a natureza das danças que estavam autorizados a realizar, aos domingos, quando se reagrupavam em batuques, por nações de origem. Em 1758, o Conde dos Arcos, Sétimo Vice-Rei do Brasil, mostrava-se partidário de distrações desta natureza, não por espírito filantrópico, mas "por julgar útil que os escravos guardassem a lembrança de suas origens e não esquecessem os sentimentos de aversão recíproca que os levaram a se guerrear em terras da África". Assim divididos, eles não se arriscariam a um levante em conjunto (como iriam fazê-lo cinqüenta ano mais tarde) contra os seus senhores. Estes últimos, vendo os seus escravos dançarem de acordo com os seus hábitos, e cantarem nas suas próprias línguas, julgavam não haver ali senão divertimentos de negros nostálgicos. Na realidade, não desconfiavam que o que eles cantavam, no decorrer de tais reuniões, eram preces e louvações a seus Orixás, a seus Voduns, a seus Inkissis. Quando tinham que justificar o sentido dos seus cantos, os escravos declaravam que louvavam, nas suas línguas, os Santos do Paraíso. Na verdade, o que eles pediam era ajuda e proteção aos seus próprios deuses.Não se pode afirmar que já se tratava, então, de sincretismo entre os deuses da África, por um lado, e os Santos Católicos, por outro, pois, no século XVIII, as características das divindades africanas eram ainda desconhecidas dos senhores e do clero português, enquanto que os escravos, não podiam também conhecer os detalhes da vida dos Santos.É difícil precisar o momento exato em que este sincretismo pode se estabelecer. Parece ter-se baseado, de maneira geral, sobre detalhes das estampas religiosas que poderiam lembrar certas características dos deuses africanos.Pode parecer estranho, à primeira vista, que Xangô, deus do trovão, violento e viril, tenha sido comparado a São Jerônimo, representado por um ancião calvo, estudioso e inclinado sobre velhos livros mas que é freqüentemente acompanhado, em suas imagens, por um leão docilmente deitado a seus pés. E como o leão é um dos símbolos de realeza, entre os Yorubás, São Jerônimo foi comparado a Xangô, o terceiro soberano desta nação.A aproximação entre Obaluayé e São Lázaro é mais evidente, pois o primeiro é o deus da varíola e o corpo do segundo é representado coberto de feridas e abcessos.
Yemanjá, mãe de numerosos outros Orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanan Buruku,a mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Santana, mãe da Virgem Maria. Oyá-Yansã, primeira mulher de Xangô, ligada à tempestades e aos relâmpagos, identificou-se com Santa Bárbara. Segundo a lenda, o pai desta santa sacrificou-a devido à sua conversão ao cristianismo sendo, ele próprio, logo em seguida, atingido por um raio e reduzido a cinzas.A relação entre o Senhor do Bonfim e Oxalá, divindade da criação, é mais dificilmente explicável, a não ser pelo imenso respeito e amor que ambos inspiram.Na bahia, São Jorge é identificado com Oxossi, deus dos caçadores, mas, no rio de Janeiro, é ligado a Ogun, deus da Guerra, o que é compreensível em relação aos dois Orixás, pois São Jorge é apresentado nas gravuras como um valente cavaleiro, vestido em brilhante armadura, montado sobre um cavalo ricamente ajaezado em ferro, que bate no chão com as patas e caracola. Armado com uma lança, São Jorge da Capadócia mata um dragão enfurecido, -caça predileta do deus dos caçadores. Para maior satisfação do deus dos guerreiros, 'no Rio de Janeiro, desde os tempos do Império, segundo Arthur Ramo, São Jorge aparecia nas procissões montado num cavalo branco, com honras de Coronel e recebendo as continências da tropa, é sua passagem". Na Bahia, porém, é com Santo Antônio que Ogun vai ser sincretizado.Esta aproximação entre Ogun, deus da Guerra e Santo Antônio parece surpreendente, pois o Santo é geralmente representado com ar doce e envolvente um lírio na mão e levando o Menino Jesus em seus braços. A chave do mistério dessa estranha associação encontra-se nas "Reminiscências de Viagens no Brasil"de Daniel Daniel Kidder, onde ele escreve que "em 1595, partiu da França, sob o comando de alguns luteranos, uma frota cuja finalidade era conquistar a Bahia. Em caminho, porém os protestantes atacaram Argoin, um a ilhota ao largo da Costa da África, pertencentes aos portugueses e, depois de praticar depredações de toda espécie, carregaram entre outros objetos sagrados, uma Imagem de Santo Antônio. Apenas prosseguiram viagem, forte tormenta os assaltou, causando-lhes a perda de várias embarcações. O que escaparam à tempestade, foram atacados por peste, e durante a calamidade, por acinte ao Catolicismo, atiraram a imagem ao mar, depois de talhada a cutiladas. O navio que a transportara entrou num porto de Sergipe e todos que estavam a bordo foram feitos prisioneiros. Remetidos para a Bahia, o primeiro objeto que viram na praia foi a mesma imagem que tanto tinham maltratado!Os franciscanos levaram-na em procissão para o convento... Porém os frades envergonhados de sua aparência antiga e feia, puseram-na de lado para dar lugar a outra mais pomposa e elegante ... Santo Antônio foi alistado como soldado na fortaleza da barra que tem seu nome. Nessa qualidade recebeu o soldo com regularidade até que foi promovido a Capitão pelo governador Rodrigo Costa a 16 de julho de 1705, o procurador do convento franciscano sendo autorizado a receber regularmente, em nome, o soldo de Capitão". Ele foi promovido a Major, durante a última guerra mundial. Os frades franciscanos conservam um uniforme de galos oferecido ao santo por um arica devota.Ao que parece, certos membros do clero católico julgarem conveniente favorecer estes sincretismos, como o abade Bouche havia sugerido, na própria África, ao descrever a estátua da Iyangbá, mulher de Oxalá, nos seguintes termos: "Esta deusaque muito se parece com a Santa Virgem, pois tanto uma como a outra salvaram os homens".Os Santos Católicos , ao se aproximarem dos deuses africanos, tornavam-se mais compreensíveis e familiares aos recém-convertidos. É difícil saber se esta tentativa contribuiu efetivamente para converter os africanos, ou se ela os encorajou na utilização dos Santos para dissimular as suas verdadeiras crenças, É o que Nina Rodrigues indagava, em 1890, numa época em que o sincretismo entre Orixás e Santos Católicos ainda estava em formação, e onde a equivalência ente eles era flutuante e variável de acordo com os terreiros. Existia, ainda na época, a tendência de se identificar Xangô com Santa Barbara, como se vê até hoje em Cuba, apesar da diferença de sexo, pois o argumento das relações com o trovão parecia dominar.
Nina Rodrigues escrevia, então: "Aqui na Bahia, como em todas as missões de catequeses dos negros na África, sejam elas católicas, protestantes ou maometanas, longe do negro se converter ao catolicismo, é o catolicismo que recebe a influência do "fetichismo", adapta-se ao animismo... do negro".Basta, para compreender o fenômeno, assistir aos serviços divinos nos templos protestantes do Harlem, em Nova York ou, mesmo na África, aos cultos de numerosas seitas mais ou menos sincréticas, como dos Querubins e Serafins, onde os fiéis são visitados e possuídos, violentamente algumas vezes, pelo Espírito Santo.Nos candomblés, as duas religiões permanecem separadas e Nina Rodrigues constatava que, na época (fins do último século), a "conversão religiosa são fez mais que justapor as exterioridades muito mal compreendidas do culto católico às suas crenças e práticas fetichistas que em nada se modificaram. Concebem os seus santos ou orixás e os santos católicos como de categoria igual, embora perfeitamente distintos.Os africanos escravizados se declaravam e aparentavam convertidos ao catholicismo; as práticas fetichistas puderam manter-se entre eles até hoje quais tão estremes de mescla como na África.Depois, as viagens constantes para a África com navegação e relações comerciais diretas... facilitaram a reimportação de crenças e práticas, porventura um momento esquecidas ou adulteradas".Com o passar do tempo, graças à participação de descendentes de africanos e de mulatos cada vez mais numerosos, educados num igual respeito pelas duas religiões, tornaram-se ele tão sinceramente católicos, quando vão a igreja, como ligados às tradições africanas quando participaram zelosamente das cerimônias de candomblé.



terça-feira, 8 de setembro de 2009

SÍMBOLOS SAGRADOS

SÍMBOLOS  SAGRADOS  DA ÁFRICA























































































































































































































SÍMBOLOS SAGRADOS











































































































































































































SÍMBOLOS SAGRADOS

O Yin-Yang é o símbolo do Taoísmo, uma das mais conhecidas religiões dharmicas. Um círculo dividido ao meio por uma linha ondulada; uma metade é negra (yin) e a outra é branca(yang). Cada metade tem também um pequeno círculo da cor oposta, ou seja, a metade branca tem um círculo negro e a negra tem um círculo branco. Esse símbolo representa o equilíbrio das forças positivas e negativas do universo: a metade negra representa o negativo, o escuro, a noturno e o feminino e a metade branca representa o suave, o iluminado, o diurno e o masculino. O círculo menor representa a presença de cada um no outro. Alguns estudiosos sem excepcional experiência com a filosofia chinesa clássica dizem que o yang é o bem e o yin é o mal; contudo, segundo o físico teórico Fritjof Capra, influenciado oscilação entre os dois pólos; todas as transições ocorrem gradualmente e numa progressão e distorção em subseqüente eras patriarcais. Em biologia humana, as características masculinas e femininas não estão nitidamente separadas, mas ocorrem, em proporções variáveis, em ambos os sexos. Da mesma forma os chineses acreditavam que todas as pessoas , homens ou mulheres, passam por fases yin e yang. A personalidade de cada homem e de cada mulher não é uma entidade estática, mas um fenômeno dinâmico resultante da interação entre elementos masculinos e femininos. Essa concepção da natureza humana está em contraste flagrante com a da nossa cultura patriarcal, que estabeleceu uma ordem rígida em que se supõe que todos os homens, machos, são masculinos e todas as mulheres, fêmeas, são femininas, e distorceu o significado desses termos ao conferir aos homens os papéis de protagonistas e a maioria dos privilégios da sociedade. Em virtude dessa predisposição patriarcal, a freqüente associação do yin com a passividade e do yang com a atividade é particularmente perigosa. Em nossa cultura, as mulheres têm sido tradicionalmente retratadas como passivas e receptivas, e os homens como ativos e criativos. Essas imagens remontam à teoria da sexualidade de Aristóteles, e têm sido usadas ao longo dos séculos como explicação científica para manter as mulheres num papel subordinado, subserviente, em relação aos homens. A associação do yin com passividade e do yang com atividade parece ser ainda uma outra expressão de estereótipos patriarcais, uma moderna interpretação ocidental que está longe de refletir o significado original dos termos chineses. É um símbolo muito presente não só na religião, mas também em toda a cultura do mundo contemporâneo e é conhecido tanto no Ocidente quanto no Oriente. Um exemplo disso é o brasão de armas do renomado físico de Mecânica Quântica Niels Bohr que tem o símbolo chinês do Tao yin-yang e acima deste a frase, em Latim: "Contraria sunt complementa" que significa os opostos ou os contrários (Contraria) são (sunt, terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo sum, ser/estar, existir, cujo infinitivo é esse) complementares (complementa).
- Islamismo O símbolo do Islã é a Lua Crescente com uma Estrela. Tal símbolo pode ser observado em branco na bandeira vermelha da Turquia, fato explicável, se levar-se em consideração que cerca de 99% da população turca pertence ao islamismo. O Islamismo é uma das principais religiões abraâmicas e foi criada pelo profeta Maomé, tomando como base os ensinamentos de outras religiões abraâmicas.
- Hinduísmo O Om ou Aum é , além do símbolo do Hinduísmo, o principal mantra do Hinduísmo. Assim como muitos outros mantras, este também está presente no Budismo e no Jainismo e representa o trimurti, isto é, o conjunto formado pelas três principais divindades hindus: Brahma, o Criador do universo; Vishnu, o Reformador do universo; e Shiva, o Destruidor (ou Transformador) do universo. Sua forma é semelhante à de um número três e, como os outros mantras, funciona como uma espécie de oração, mas não relata um diálogo direto com seus deuses.
- Siquismo O principal símbolo do Siquismo é o Khanda. Esse símbolo está presente na bandeira dos sikhs, a Nishan Sahib, hasteada em todos os templos sikhs, os gurdwaras. O símbolo é a fusão de quatro armas, cada uma com seu significado: no centro uma espada de dois gumes (chamada Khanda, de onde surgiu o nome do símbolo) que simboliza a criatividade e o poder divino; ao redor do Khanda está o Chakkar, arma com forma circular que representa a perfeição de Deus; e duas espadas chamadas de Kirpans em torno do Khanda e do Chakkar: a espada esquerda representa o pin (o poder espiritual) e a espada direita o min (o poder temporal). Na bandeira do Irã está presente um símbolo muito parecido com Khanda, mas não é o mesmo símbolo nem tem o mesmo significado.
- Ayyavazhi A Flor-de-Lótus é o principal símbolo da religião indiana Ayyavazhi, fundada no século XIX. A Flor-de-Lótus está presente no Sahasrara (também chamado de chacra da coroa), o 7º e mais importante dos chacras que situa-se no alto da cabeça da pessoa e se relaciona com o padrão de energia global dessa pessoa. Esse chacra é originado na tradição hindu mas, como vários outros elemento do hinduísmo, foi adotado por outras religiões. Situado no alto da flor está o Namam (ou Thirunamam), também presente no Sahasrara.
- Budismo O símbolo do Budismo é a Roda Dharmica ou Dharmacakra. Apesar desta ser um símbolo admitido por todas as religiões dharmicas, como o Jainismo, tal símbolo é considerado o símbolo oficial do Budismo. É um círculo com oito braços surgidos no centro apontando direções diferentes. Cada um dos braços representa cada uma das oito práticas que constituem o Nobre Caminho Óctuplo: Compreensão Correta, Pensamento Correto, Fala Correta, Ação Correta, Meio de Vida Correto, Atenção Correta, Sabedoria Correta e Visão Correta.
- Tenrikyo O emblema do Tenrikyo é representado como um círculo. No interior desse círculo, há um outro menor, de onde surgem outros cinco braços, separados em ângulos de 72°, separando o círculo em cinco. Dos cinco bracos, surgem outros cinco círculo, um em cada braço. O Tenrikyo é uma religião dharmica surgida no Japão. Sua fundadora foi a camponesa Miki Nakayama.
- Ásatrú O Valknut é o símbolo do Ásatrú, religião instituída na década de 1960. O Valknut é formado por três triângulos entrelaçados entre si e representa o poder do deus Odin. O Ásatrú tenta reviver a antiga mitologia nórdica. O Valknut já era usado pelos antigos Vikings como símbolo religioso, pois é visto em muitos documentos antigos. - Wicca O Pentagrama é um dos símbolos mais importantes símbolos da religião neo-pagã Wicca. Esse símbolo está bastante presente em rituais e cerimônias da religião. É o símbolo do feminino, pois os antigos astrônomos ptolomáicos acreditavam que o planeta Vênus (deusa da beleza na mitologia romana) fazia uma órbita em forma de estrela no céu numa visão geocêntrica. Logo, o pentagrama foi adotado como símbolo d'A Deusa, uma das principais divindades do Wicca. Infelizmente, o pentagrama foi associado erroneamente ao satanismo, pois como todos os seguidores Wicca são bruxos (mas nem todos os bruxos são Wicca) persiste a idéia medieval deixada pela Inquisição de que todos os bruxos são seguidores do demônio.Outra asociaçao do pentagrama ao demônio é o pentagrama invertido(com duas pontas para cima) simbolizando a besta "Baphomet". Outro símbolo importante do Wicca é a Lua Tripla, representando o Deus Cornífero. Vale lembrar que o Pentagrama era utilizado pelos antigos templários como simbolo de riqueza. O Pentagrama também foi estudado por Pitágoras e futuramente por seus seguidores chegando assim numa denominação de um emblema da perfeição e no próprio homem, aonde um homem esta com os braços e pernas abertos formando o pentagrama(outras ilustrações foram feitas por Leonardo da Vinci). Muitas vezes na maçonaria o Pentagrama também ganhava o significado do "infinito" pois poderia ser desenhado outro pentagrama no meio do original e assim infinitamente sem perda na geometria. O pentagrama também possui forte significado na China antiga, aonde cada ponta simbolizava um elemento, tendo assim Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal.
- Zoroastrismo O Faravahar ou Ferohar é um dos símbolos mais importantes do Zoroastrismo, religião monoteísta fundada na Pérsia pelo profeta Zaratustra (ou Zoroastres). Ele é formado por uma espécie de asa com um círculo no centro. Surgindo do círculo, está uma figura humana. O Ferohar representa a alma dos seres humanos antes de nascerem e depois de morrerem, ou seja, a alma humana das pessoas enquanto estas não estão vivas. Outro símbolo importantíssimo do Zoroastrismo é o elemento do fogo.
- Jainismo O símbolo do Jainismo é uma variação do Darmacakra. Nesse caso, a roda dharmica situa-se no interior da figura de uma mão. A mão é geralmente vista como símbolo de sabedoria e de ensinamento. Logo, sendo o Darmacakra um símbolo presente em muitas religiões dharmicas, é um símbolo da sabedoria na sua religião. O Jainismo é uma religião que recebeu muita influência do Budismo, que por sua vez recebeu muita influência do Hinduísmo, todas religiões dharmicas. Também simboliza a oposição à violência. - Fé Bahá'í O maior símbolo da Fé Bahá'í é a Estrela de Nove Pontas. Para os bahá'ís, o número 9 é sagrado, o número da perfeição, pois é o dígito máximo. Também é o valor numérico da palavra árabe Baha e o número de religiões divinamente reveladas (sabeísmo, hinduísmo, budismo, judaísmo, cristianismo, islamismo, zoroastrismo, fé babí e, finalmente, fé bahá'í). A forma da estrela pode variar, desde que contenha nove pontas. Ouros símbolos são o Máximo Nome, o Símbolo da Pedra e o Bahá'
- Xintoísmo O Torii é o símbolo do Xintoísmo. É uma espécie de portal composto por duas barras verticais com uma barra horizontal no topo (chamada de kasagi), geralmente mais larga que a distância entre as duas barras. Sob o kasagi está o nuki, outra trave horizonta que liga os postes. Sua presença anuncia que há um santuário xintoísta nas proximidades. Atualmente, o Torii é considerado um dos mais importantes símbolos da tradição japonesa e simboliza a separação entre o mundo dos homens e o dos kami.
- Seicho-no-ie O Enkan é o símbolo da religião/filosofia monoteísta Seicho-no-ie. Ele é mostrado como uma estrela de oito pontas. A cada duas pontas surge uma barra que as separa do restante. Essas barras são ligadas a um círculo rodeado por pontas que envolve toda a estrela. - Igreja Messiânica Mundial O emblema da Igreja Messiânica Mundial tem a forma básica de um circulo. No interior do círculo há um outro muito menor, de onde surgem oito linhas, dividindo o círculo igualmente em ângulos de 45°. As linhas nos sentidos vertical e horizontal são mais grossas que as no sentido diagonal. A Igreja Messiânica Mundial foi fundada por Mokiti Okada (ou Meishu Sama, como os seguidores chamam-no) em 1935.




































































































































































































































































































































































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SÍMBOLOS RELIGIOSOS: ELOS COM A TRANSCENDÊNCIA                                              ( DIÁLOGO - REVISTA DE ENSINO RELIGIOSO )

Francisco Catão*

A modernidade racionalista, ao desconhecer a objetividade do símbolo, reduziu a religião à pura subjetividade. Faz-se hoje necessário resgatar a significação objetiva do símbolo. O que só é possível se aprofundando em uma determinada tradição religiosa.

Do ponto de vista antropológico, no ocaso da modernidade, o ser humano, embora chamado a viver à luz da razão, passou a se deixar conduzir muito mais por suas percepções interiores e pela afetividade do que pelo raciocínio frio e objetivo. Surgiu assim a era da subjetividade, cuja descoberta revolucionou a Antropologia e modificou a idéia que se fazia da realidade.

O símbolo e seu resgate

Essa espécie de descoberta pôs em questão o valor universal das razões de viver e abriu espaço para a linguagem do símbolo, em que o sujeito se exprime a seu modo. Criou-se, do ponto de vista da cultura dominante, nova oportunidade para uma mais aprofundada compreensão das religiões. Ao mesmo tempo, porém, esvaziava-se o símbolo de qualquer fundamento real.

O termo símbolo, que etimologicamente significa “lançado junto”, designa a parte visível de um todo não manifesto, inseparável da totalidade do real. Na religião, o símbolo visível estava, para os antigos, ligado objetivamente à sua outra parte, invisível. Nesse sentido objetivo, o símbolo é um conceito indispensável na leitura dos textos antigos, como mostra uma série de obras filosóficas e religiosas, a começar pela própria Bíblia.

Com as peripécias da modernidade, que só acreditava na razão e nos conceitos, o símbolo perdeu a objetividade e nos fez reféns do desconhecimento da realidade simbolizada. Perdemos contato com o invisível. Não é estranho que o Iluminismo, negando o valor objetivo do conhecimento simbólico, tenha levado ao ateísmo.

O clima cultural racionalista deixou marcas profundas na educação. Guiada pela ideologia iluminista, a escola ainda não conseguiu incorporar a realidade objetiva do simbolismo, apesar do esforço de alguns pedagogos.

Mas ela começa agora a resgatar a reflexão sobre caminhos que superem o racionalismo desumanizador e a integrem na cultura pós-moderna, porém correrá o risco de se desvincular da realidade se não redescobrir o valor objetivo do símbolo, através, por exemplo, da literatura, da arte e da religião.

Religião, construto simbólico e seu contributo de humanização

A exclusão do símbolo do campo do conhecimento objetivo enfraqueceu a religião, pois ela é, por definição, um conjunto de práticas simbólicas, ritos e doutrinas, comportamentos e instituições.

A religião tem sofrido com o utilitarismo e o ateísmo que a reduzem a uma crença em idéias ou valores subjetivos, a uma forma pessoal de representar Deus, que não corresponde à realidade, visto que depende do modo como o sujeito simboliza a realidade invisível, inacessível à razão.

Compreende-se, então, a importância de uma educação que resgate o simbólico, assentada na realidade total a partir de manifestações particulares, e que restitua ao homo faber da civilização científico-tecnológica a dimensão do homo sapiens, sem o que nunca haverá um verdadeiro humanismo.

Ora, se a religião foi a primeira vítima do racionalismo, ela tem tudo para ser o principal caminho de resgate do humanismo, dada, não apenas à sua natureza simbólica, como à sua força de renovação haurida da postura do ser humano ante a realidade, como espelho da totalidade, que toda religião visa por natureza, fundada que é no desejo do transcendente.

É, portanto, primordial o Ensino Religioso na escola, como alavanca quase indispensável, que, apoiada na realidade do ser humano, o impulsiona, não apenas a satisfazer suas necessidades materiais e econômicas, mas, sobretudo, a se alimentar dos valores transcendentes, sem os quais a vida perde o sentido.

O paradoxo do símbolo religioso
O caráter simbólico da religião é universalmente reconhecido. Pouco conhecidas, porém, são as bases objetivas do simbolismo, nas tradições religiosas.

Em se tratando das Ciências Humanas, é possível analisar genericamente os ritos, doutrinas ou mitos, comportamentos e instituições religiosos. Contudo, o simbolismo das práticas religiosas não se sustenta por si mesmo, como objetivo.

Enquanto elementos visíveis, só se sustentam como símbolos, a partir de uma realidade última simbolizada, com a qual se reconhece que guardam um laço objetivo.

Há, porém, um paradoxo. Pode-se fazer a análise comparativa de expressões das tradições religiosas.

Mas, como realidades simbólicas, elas apelam para “a parte invisível” da realidade “lançada junto” com o que se vê.

Parte, por definição, inatingível pela ciência, embora esteja na fonte do que há de objetivo nos símbolos.

O símbolo religioso na tradição cristã

Não se pode falar subjetivamenteda realidade última da existência senão a partir de uma tradição religiosa. Na tradição judaico-cristã, os símbolos bíblicos, por exemplo, têm indiscutível conteúdo objetivo.

O próprio Jesusfoi um homem religioso, e Ele mesmo é símbolo de Deus, isto é, “parte visível” de Deus. Jesus não se apresentou como fundador de uma religião, mas como anunciador do desígnio de salvação de Deus.

Exprimiu assim a realidade transcendente na comunhão de três, no Pai, que pronuncia a Palavra de verdade e se dá a conhecer, numa unidade de comunhão. A comunhão dos Três - o Pai, o Filho e o Espírito Santo – é o invisível simbolizado a que se refere, por exemplo, o gesto simbólico da cruz feito no início e na conclusão das orações e dos ritos cristãos.

O religioso no simbolismo humano

A análise da religião, em especial na tradição cristã, parece ter se tornado alheia à comunhão a que é chamada a pessoa na convivência concreta. Arrancada de suas raízes simbólicas, a religião não mais entende o ser humano como símbolo de Deus. Pensa-se a vida em função de si mesma, e se perde o sentido do simbolismo religioso.

Corre-se então o risco de articular a religião com o bem-estar e conceber o religioso como uma realidade a ser construída com as simples forças humanas, desconhecendo-lhe as raízes que mergulham no mistério da comunhão com Deus, da qual nada mais é do que símbolo.

É urgente, no Ensino Religioso, despertar o que há de simbólico e iniciar as pessoas na descoberta interior da articulação objetiva do símbolo com o simbolizado, pois só assim a religião será o caminho para a verdade, o amor e a paz, na reconciliação de todos os seres humanos.

*Francisco Catão - Doutor em Teologia, professor do Instituto Pio XI em São Paulo (SP), membro do Conselho Editorial da revista Diálogo e autor da coleção didática de Ensino Religioso Convivênca e Liberdade.




Elementos primordiais e símbolos universais

A água

O primeiro elemento da natureza, forma três quartos do planeta Terra e tem igual proporção nos vegetais e nos animais.

Hábitat primordial do ser humano no ventre materno, a água é tida como primeiro elemento de quase todos os mitos de criação, tanto nas tradições sagradas escritas como nas orais.

É essencialmente terrestre, em contraposição ao fogo que é ligado ao sol. Nos ritos das tradições religiosas, é um dos principais símbolos de renascimento, purificação e fecundidade espiritual. Na psicanálise, é o arquétipo da memória inconsciente.

A terra
Uma das mais antigas tradições religiosas é a reverência ao solo como corpo maternal e deusa-mãe, fecundada pelo céu e geradora de todo ser vivo. Os espaços sagrados que guardam os túmulos dos ancestrais formam o elo de pertença familiar e de grupo social. Por isso uma sociedade indígena sofre a dispersão ao sair de seu território de origem.

Toda tradição religiosa possui uma terra santa, uma cidade santa, uma clareira na floresta ou um local consagrado, como referencial de identidade e ligação com a mãe terra.

O fogo

Tido desde os primórdios da religiosidade como presente dos espíritos à humanidade, o fogo é considerado elemento celestial e personifica deuses de diversas tradições religiosas. Talvez o símbolo mais usado nos ritos e cerimônias de todas as tradições religiosas, significa ainda luz, calor, purificação, amor, espiritualidade, elo de comunicação entre o crente e Deus.

O ar

Ao lado do fogo, é considerado pelas tradições religiosas como elemento celestial masculino, enquanto a água e a terra representam a feminilidade. Na Astrologia, o vento e o ar constituem o mundo intermediário, o terreno de ligação entre a matéria e o espírito. As figuras do zodíaco flutuam nas ondas do ar.

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