SOMOS ÁTOMOS DE DEUS

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domingo, 23 de setembro de 2018

EXEGESE FEMINSTA


EXEGESE FEMINSTA
Marie-Theres Wacker. Ed. CEBI e Sinodal
Aluno: Jonas Serafim de Sousa
O assunto deste resumo trata da hermenêutica exegese feminista a partir da Bíblia. Neste sentido significa dizer de uma interpretação científico-histórica e científico-literária da Bíblia no contexto da teologia cristã. Cabe aqui ressaltar a definição do feminismo como um movimento presente na mulher que se torna sujeito da história.

A teologia cristã compreendida pela Igreja Católica Romana reserva o ministério sacerdotal exclusiva para homens e com voto de celibato, excluindo a participação das mulheres e negando também a sua condição humana de emancipação.

Em 1985, Carolyn Osiek, exegeta feminista norte-americana indagava sobre a reação das mulheres relacionando a Bíblia como instrumento central para reforçar o exercício do poder patriarcal. Osiek descreve: 1) uma “hermenêutica da lealdade” asseverando que o problema da discriminação de mulheres biblicamente legitimadas não está na Bíblia, mas exclusivamente em sua interpretação. 2) Um segundo tipo de abordagem é da “hermenêutica da rejeição” que trata de utilizar a Bíblia como uma autoridade do patriarcado sobre as mulheres. 3) Outra abordagem é da “hermenêutica da revisão”, pois percebe que o mundo bíblico não é inteiramente determinado pelo patriarcado androcêntrico, sexista e misógino. No centro da Escritura não estaria o homem, mas a livre atuação salvífica de Deus, e que se manifestaria também em mulheres. (Cf. Os11; Is 40,11; 49,1; 66,13...). 4) A “hermenêutica do ‘eterno feminino’” pretende expressar uma cosmovisão matriarcal para uma plena humanidade a homens e mulheres. 5) A “hermenêutica da libertação” quer dizer que cada ser humano deve tornar sujeito e tem seu objetivo na fundamentação teológico-feminista do crer e agir de mulheres cristãs de hoje em favor da libertação.

Existem algumas categorias básicas da exegese feminista que merecem destaques neste texto como: patriarcado, matriarcado, androcentrismo, sexismo, feminilidade, diferença de sexos, gênero, coautoria... O movimento feminista rastreia os mecanismos de opressão às mulheres, assim como desenvolve perspectivas que possibilitam a mulheres realizarem sua plena humanidade.

Diante do exposto é possível encontrar marcas matriarcais na Bíblia. Neste caso se refere a uma forma de sociedade cuja religião da Deusa cósmica e seu filho-amante correspondem aos ciclos da natureza e que é considerada fonte e fundamento das ordens sociais. Seria uma ginocracia (Johann Jakob Bachofen). Em contrapartida, Elisabeth Schussler Fiorenza faz a crítica substituindo patriarcado por “quiriarcado” que é um sistema social de dominação de homens sobre mulheres e além-gênero, como  homofobiaetnocentrismo  e outras formas de hierarquias dominantes em que a subordinação de uma pessoa ou grupo a outro é internalizada e institucionalizada.

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