INTRODUÇÃO
AO ANTIGO TESTAMENTO
Werner
H. Schmidt
Aluno:
Jonas Serafim de Sousa
O Primeiro Testamento
bíblico se insere no contexto da história de Israel. Para tanto é necessário
fazer uma análise das fontes, uma identificação e avaliação de material
comparativo extrabíblico do Antigo Oriente, e uma inferência sobre acontecimentos
históricos.
A partir da monarquia
em Israel é que aparecem amplamente as tradições escritas. Na história de
Israel podemos constatar seis épocas, a saber: Pré-história nômade (séc. XV);
Época pré-estatal (séc. XII-XI); Monarquia (1000-587 a.C); Exílio (587-359);
Pós-exílio (539); Era do helenismo (333...).
A povoação israelita
menciona lugares como Harã e Ur (Gn 11,31), e uma relação de parentesco
(22,20ss; 24,4ss; 27,43) num contexto migratório (19,30ss; 36,10ss). Com o
passar do tempo adentraram a terra cultivada e fértil.
O povo israelita teve
como base três tradições em sua fé: a promessa aos patriarcas, a libertação da
escravidão no Egito e a revelação no Sinai. Os antepassados seminômades de Israel
penetraram na Palestina e aí formaram tribos organizadas. A tomada da terra,
concluída por volta do século XII a.C., seguiu-se na progressiva expansão e
consolidação da posse da terra (Jz 1,28). A monarquia trouxe consigo a
constituição de um Estado nacional. Os filisteus chegaram à Palestina dentro do
movimento migratório dos povos do mar e conseguiram formar cinco
cidades-estados. Neste contexto surgiu a Monarquia (1 Sm 8-12), destacando-se
Saul, Davi e Salomão. Os reinos se dividiram em dois: Israel no Norte e Judá no
Sul (926 a.C., 1Rs 12). A partir daí o movimento profético passou a ser mais
crítico sobre a política dos governantes de Israel (2 Rs 9s). Jerusalém foi sitiada pela segunda vez e
ocupada em 587 a.C.. Os babilônios tomaram medidas drásticas e cruéis sob o
reinado de Nabucodonosor (2 Rs 25). Depois disso, o judaísmo ficou dividido
entre a Palestina e o Exílio (a diáspora). Após dois séculos de hegemonia persa
(539-333 a, C.), Alexandre Magno inaugurou a era helenística. No ano de 64 a. C.
a Palestina caiu sob o domínio romano.
Os antepassados de
Israel viviam em tendas e migravam. Eram seminômades criavam gado, ovelhas e
cabras (Gn 30,31ss). Dentro do grupo havia a prática de solidariedade; o
indivíduo gozava de proteção e de direitos. Não havia uma instância jurídica
superior. Contudo, em relação às pessoas de fora do grupo reinava uma severa
ordem (Ex 21,23ss).
Com a sedentarização, a
propriedade rural passou a constituir a base existencial do clã ou da família e
assegurou a posição social da pessoa livre (Mq 2,2). O israelita reconhecia a
soberania de Javé sobre a terra no momento em que oferecia as primícias dos
animais e das colheitas a Deus ou as destinavas ao santuário (Ex 22,28s). Por
fim, a monarquia instaurada acabou com a sociedade tribal (2Sm 24,1s; Am2,6).
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